Diferenças entre edições de "Coronavírus"

 
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A estirpe '''SARS-CoV''' foi causa de um surto inicial em 2002-03, atingindo quase 10.000 pessoas com um síndrome respiratório agudo severo, e vitimando 774 doentes. Desde 2004 não é conhecido mais nenhum caso desta doença. <br>
 
A estirpe '''SARS-CoV''' foi causa de um surto inicial em 2002-03, atingindo quase 10.000 pessoas com um síndrome respiratório agudo severo, e vitimando 774 doentes. Desde 2004 não é conhecido mais nenhum caso desta doença. <br>
 
A estirpe '''MERS-CoV''' foi descrita como causa de doença respiratória grave no Médio Oriente (Arábia Saudita) em 2012 e ainda se mantém ativo, com casos em todo o mundo mas todos provenientes dos países à volta do foco inicial. <br>
 
A estirpe '''MERS-CoV''' foi descrita como causa de doença respiratória grave no Médio Oriente (Arábia Saudita) em 2012 e ainda se mantém ativo, com casos em todo o mundo mas todos provenientes dos países à volta do foco inicial. <br>
O '''novo coronavírus 2019 (SARS-CoV 2)''' foi descrito recentemente na China e está atualmente em fase de expansão. A infeção é conhecida pelo '''COVID-19'''.<br>
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Os mecanismos de transmissão da infeção ainda não estão completamente esclarecidos. Os coronavírus infetam sobretudo animais e por vezes '''podem passar ao homem'''. A transmissão entre humanos ocorre normalmente por '''via respiratória''' com um doente a lançar gotículas respiratórias na tosse ou espirros, e a atingir os contactos próximos que poderão, ou não, vir a desenvolver doença, no prazo de '''2 a 14 dias'''. Até ao momento não são conhecidas outras formas de transmissão da infeção, nomeadamente por transmissão por via aérea, por via alimentar ou por fluídos corporais.<br>
 
Os mecanismos de transmissão da infeção ainda não estão completamente esclarecidos. Os coronavírus infetam sobretudo animais e por vezes '''podem passar ao homem'''. A transmissão entre humanos ocorre normalmente por '''via respiratória''' com um doente a lançar gotículas respiratórias na tosse ou espirros, e a atingir os contactos próximos que poderão, ou não, vir a desenvolver doença, no prazo de '''2 a 14 dias'''. Até ao momento não são conhecidas outras formas de transmissão da infeção, nomeadamente por transmissão por via aérea, por via alimentar ou por fluídos corporais.<br>
 
Os sintomas são os que normalmente aparecem nas infeções virais: '''tosse''', '''febre''' e '''dificuldade respiratória'''. Mas incluem também dores de cabeça, dores no corpo, dor de garganta, congestão e corrimento nasal, arrepios,espirros, náuseas, vómitos e diarreia.<br>
 
Os sintomas são os que normalmente aparecem nas infeções virais: '''tosse''', '''febre''' e '''dificuldade respiratória'''. Mas incluem também dores de cabeça, dores no corpo, dor de garganta, congestão e corrimento nasal, arrepios,espirros, náuseas, vómitos e diarreia.<br>
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Na ausência de tratamento, a melhor estratégia é a '''prevenção'''. A [https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/331215/WHO-2019-nCov-IPCPPE_use-2020.1-eng.pdf Organização Mundial de Saúde] emitiu um comunicado com as medidas de prevenção atualmente recomendadas:
 
Na ausência de tratamento, a melhor estratégia é a '''prevenção'''. A [https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/331215/WHO-2019-nCov-IPCPPE_use-2020.1-eng.pdf Organização Mundial de Saúde] emitiu um comunicado com as medidas de prevenção atualmente recomendadas:
 
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* lavar as mãos com frequência, utilizando água e sabão ou uma solução desifetante contendo álcool;
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* lavar as mãos com frequência, utilizando água e sabão ou uma solução desinfetante contendo álcool;
 
* evitar tocar nos olhos, nariz e boca;
 
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* Sempre que tossir ou espirrar tape o nariz e a boca com um lenço de papel ou com o antebraço. Nunca com a mão!
 
* Sempre que tossir ou espirrar tape o nariz e a boca com um lenço de papel ou com o antebraço. Nunca com a mão!
 
* Utilize os lenços de papel uma única vez, colocando-os, de seguida no lixo;
 
* Utilize os lenços de papel uma única vez, colocando-os, de seguida no lixo;
* usar uma máscara médica se tiver sintomas respiratórios e lavar as mãos após retirar a máscara (não há evidência da eficácia da utilização da máscara em pessoas que não estão doentes);
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* usar uma máscara médica;
 
* manter uma distância social (no mínimo 1 m) de pessoas que apresentem sintomas respiratórios.
 
* manter uma distância social (no mínimo 1 m) de pessoas que apresentem sintomas respiratórios.
 
* Recomenda-se a utilização de equipamentos de proteção individual nos profissionais de saúde envolvidos na assistência aos doentes, nos seus cuidadores e nos contactos próximos
 
* Recomenda-se a utilização de equipamentos de proteção individual nos profissionais de saúde envolvidos na assistência aos doentes, nos seus cuidadores e nos contactos próximos
* Não há evidência que obrigue a aplicar medidas de restrição de viagens ou comércio a países com surtos de Covid-19.
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Contacte a '''Linha SNS24''' ('''808 24 24 24''') se:
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São consideradas suspeitas de Covid-19 todas as pessoas que desenvolvam quadro respiratório agudo com tosse (de novo ou agravamento da tosse habitual), ou febre (temperatura ≥ 38.0ºC), ou dispneia / dificuldade respiratória.
* Nos '''14 dias anteriores''' ao aparecimento de sintomas apresenta:
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** '''OU história de viagem''' em áreas com transmissão comunitária ativa
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Poderão contatar a '''Linha SNS24''' ('''808 24 24 24''', pelo e-mail '''atendimento@sns24.gov.pt''' ou pelas '''linhas telefónicas''' criadas para o efeito nas USF / UCSP).<br>
** '''OU residência''' em áreas com transmissão comunitária ativa
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Poderão também dirigir-se diretamente a uma '''Área Dedicada COVID-19 nos Cuidados de Saúde Primários''' (ADC-COMUNIDADE), ou a uma '''Área Dedicada COVID-19 nos Serviços de Urgência''' do SNS.
** '''OU contacto''' com caso confirmado ou provável de doente com Covid-19
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* '''Infeção respiratória aguda''', apresentando febre, tosse ou dificuldade respiratória, sem outra história que explique o quadro.
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* Garantir o '''afastamento social''' (mínimo 1 metro).
 
* Garantir o '''afastamento social''' (mínimo 1 metro).

Edição atual desde as 22h02min de 2 de março de 2021

Autor: Paulo Santos

Última atualização: 2020/05/18

Palavras-chave: Coronavírus; Infeção respiratória; Pandemia



Resumo


Os coronavirus são vírus comuns que provocam doença no homem, por vezes com gravidade.
O quadro clínico é o de uma virose, evoluindo para a cura espontânea na maioria dos casos, apesar de necessitar de tratamento dirigido ao controlo dos sintomas, por vezes, em regime de internamento.
A melhor estratégia é a prevenção da transmissão entre pessoas.




Coronavírus


Os coronavírus, assim chamados por apresentarem umas espículas na membrana que fazem lembrar uma coroa, são conhecidos desde os anos 60. A maioria das estirpes afetam os animais, sobretudo os camelos e os morcegos, podendo por vezes passar ao homem. São uma causa comum de infeções respiratórias em humanos, a maior parte sem gravidade de maior. Podem, no entanto, assumir formas graves e eventualmente mortais.

Coronavirus humanos


Coronavirus.jpg

São conhecidas 7 estirpes que podem causar doença em seres humanos.
As estirpes 229E, NL63, OC43 e HKU1 provocam formas ligeiras de doença.
A estirpe SARS-CoV foi causa de um surto inicial em 2002-03, atingindo quase 10.000 pessoas com um síndrome respiratório agudo severo, e vitimando 774 doentes. Desde 2004 não é conhecido mais nenhum caso desta doença.
A estirpe MERS-CoV foi descrita como causa de doença respiratória grave no Médio Oriente (Arábia Saudita) em 2012 e ainda se mantém ativo, com casos em todo o mundo mas todos provenientes dos países à volta do foco inicial.
O novo coronavírus 2019 (SARS-CoV-2) foi descrito recentemente na China e está atualmente em fase de expansão. A infeção é conhecida pelo COVID-19.

Evolução da doença


Situacao atual 20210302.jpg

Os mecanismos de transmissão da infeção ainda não estão completamente esclarecidos. Os coronavírus infetam sobretudo animais e por vezes podem passar ao homem. A transmissão entre humanos ocorre normalmente por via respiratória com um doente a lançar gotículas respiratórias na tosse ou espirros, e a atingir os contactos próximos que poderão, ou não, vir a desenvolver doença, no prazo de 2 a 14 dias. Até ao momento não são conhecidas outras formas de transmissão da infeção, nomeadamente por transmissão por via aérea, por via alimentar ou por fluídos corporais.
Os sintomas são os que normalmente aparecem nas infeções virais: tosse, febre e dificuldade respiratória. Mas incluem também dores de cabeça, dores no corpo, dor de garganta, congestão e corrimento nasal, arrepios,espirros, náuseas, vómitos e diarreia.
Não há um tratamento específico para este vírus. Os doentes poderão fazer um tratamento de suporte para alívio dos sintomas, eventualmente em regime de internamento nas situações de gravidade.
Pode ver aqui os últimos dados da evolução do COVID-19 em Portugal.

Prevenção


Na ausência de tratamento, a melhor estratégia é a prevenção. A Organização Mundial de Saúde emitiu um comunicado com as medidas de prevenção atualmente recomendadas:

  • lavar as mãos com frequência, utilizando água e sabão ou uma solução desinfetante contendo álcool;
  • evitar tocar nos olhos, nariz e boca;
  • Sempre que tossir ou espirrar tape o nariz e a boca com um lenço de papel ou com o antebraço. Nunca com a mão!
  • Utilize os lenços de papel uma única vez, colocando-os, de seguida no lixo;
  • usar uma máscara médica;
  • manter uma distância social (no mínimo 1 m) de pessoas que apresentem sintomas respiratórios.
  • Recomenda-se a utilização de equipamentos de proteção individual nos profissionais de saúde envolvidos na assistência aos doentes, nos seus cuidadores e nos contactos próximos



O que fazer?


São consideradas suspeitas de Covid-19 todas as pessoas que desenvolvam quadro respiratório agudo com tosse (de novo ou agravamento da tosse habitual), ou febre (temperatura ≥ 38.0ºC), ou dispneia / dificuldade respiratória.

Poderão contatar a Linha SNS24 (808 24 24 24, pelo e-mail atendimento@sns24.gov.pt ou pelas linhas telefónicas criadas para o efeito nas USF / UCSP).
Poderão também dirigir-se diretamente a uma Área Dedicada COVID-19 nos Cuidados de Saúde Primários (ADC-COMUNIDADE), ou a uma Área Dedicada COVID-19 nos Serviços de Urgência do SNS.

Enquanto aguarda a resposta:

  • Garantir o afastamento social (mínimo 1 metro).
  • Lave frequentemente as mãos com água e sabão ou use solução à base de álcool.
  • Quando espirrar ou tossir tape o nariz e a boca com o braço ou com o cotovelo.
  • Use lenços de papel descartáveis e de utilização única.
  • Evite tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos.
  • Se tiver febre ou dores, pode tomar paracetamol até 3 dias, nas doses adequadas para a idade e peso (exceto se contraindicado).



Conclusão


A infeção pelos vírus coronavirus é relativamente comum na população. Algumas estirpes têm potencial de provocar infeção grave. Na ausência de tratamento, importa prevenir.

Referências recomendadas



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