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A '''otite média aguda''' é a infeção do ouvido médio que se situa entre o tímpano e o ouvido interno.<br> | A '''otite média aguda''' é a infeção do ouvido médio que se situa entre o tímpano e o ouvido interno.<br> | ||
A maioria das situações de '''otite média aguda''' (65%) devem-se a uma infeção simultânea (co-infeção) por vírus e bactérias. Em 20% das situações, no entanto, esta infeção é unicamente devida a vírus (vírus sincicial respiratório, adenovíros, rinovírus, influenza e parainfluenza). As bactérias mais frequentemente envolvida na OMA são o ''Streptococcus pneumoniae'' (25-50% dos casos), ''Haemophilus influenzae'' (15-30%, mais frequentes quando há OMA nos dois ouvidos) e a ''Moraxella catarrhalis'' (3-20%).<br><br> | A maioria das situações de '''otite média aguda''' (65%) devem-se a uma infeção simultânea (co-infeção) por vírus e bactérias. Em 20% das situações, no entanto, esta infeção é unicamente devida a vírus (vírus sincicial respiratório, adenovíros, rinovírus, influenza e parainfluenza). As bactérias mais frequentemente envolvida na OMA são o ''Streptococcus pneumoniae'' (25-50% dos casos), ''Haemophilus influenzae'' (15-30%, mais frequentes quando há OMA nos dois ouvidos) e a ''Moraxella catarrhalis'' (3-20%).<br><br> |
Autor: Carla R. Martins
Última atualização: 2024/01/18
Palavras-chave: otite média; vírus sincicial respiratório, Streptococcus pneumoniae; dor de ouvido
ÍndiceResumoA otite média aguda é uma doença frequente nas crianças, e uma das principais causas de prescrição de antibióticos nesta faixa etária. Associa-se frequentemente a uma infeção respiratória, que causa acumulação de secreções e um ambiente propício para o crescimento de microrganismos causadores de doença, levando à infeção. |
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A otite média aguda (OMA) é uma das infeções mais comuns em idade pediátrica, estimando-se que cerca de cerca de 80-90% das crianças até aos 3 anos de idade terão pelo menos um episódio, sendo motivo frequente da necessidade de utilização de antibióticos.
A otite média aguda é a infeção do ouvido médio que se situa entre o tímpano e o ouvido interno.
A maioria das situações de otite média aguda (65%) devem-se a uma infeção simultânea (co-infeção) por vírus e bactérias. Em 20% das situações, no entanto, esta infeção é unicamente devida a vírus (vírus sincicial respiratório, adenovíros, rinovírus, influenza e parainfluenza). As bactérias mais frequentemente envolvida na OMA são o Streptococcus pneumoniae (25-50% dos casos), Haemophilus influenzae (15-30%, mais frequentes quando há OMA nos dois ouvidos) e a Moraxella catarrhalis (3-20%).
Pode-se classificar a otite média aguda em 3 tipos:
Os sintomas de suspeição variam com a idade da criança. No bebé existe frequentemente: febre, perda de apetite, sonolência maior, choro, irritabilidade, despertar noturno com choro, vómitos, diarreia e colocação da mão frequentemente no ouvido. Enquanto que na criança e adolescente é mais frequente: dor de ouvido, líquido/corrimento do ouvido, febre, diminuição da capacidade de ouvir, dor de cabeça e maior cansaço/sonolência. Em todas as idades existem alguns sinais de maior gravidade, que não devem ser esquecidos: otite bilateral, otite recorrente, febre superior a 39ºC, sonolência marcada, mau estado geral e persistência dos sintomas após 48h.
O tratamento da otite, tal como os sintomas, varia com a idade da criança.
Em todas as faixas etárias, em caso de dor de ouvido ou febre, é importante a criança ser medicada com analgésico e antipirético (do tipo do paracetamol, do ibuprofeno ou de outros com a mesma finalidade). Este tratamento pode mesmo ser iniciado pelos pais, no domicílio, de forma a dar conforto e aliviar os sintomas da criança.
Na maioria das crianças com mais de 6 meses de idade, que não apresentem sinais de gravidade, pode optar-se pelo tratamento de alívio sintomático, com reavaliação médica após 48-72h. Nos lactentes e em casos com maior gravidade pode ser necessária a introdução de antibiótico mais precocemente.
As medidas preventivas são essencialmente a evicção de alguns fatores que fazem aumentar o risco, nomeadamente:
Embora a otite média aguda seja maioritariamente uma doença com uma evolução benigna e resolução rápida, algumas vezes podem surgir complicações associadas, nomeadamente: otite média crónica; mastoidite; parésia do nervo facial (nervo principal responsável pelos movimentos da face); labirintite; abcesso temporal; e meningite. Estas situações podem ter gravidade e exigem a atuação médica especializada.
A otite média aguda é uma infeção frequente nas crianças. O tratamento é simples, dependendo dos sintomas e idade do doente. A maior parte das vezes a evolução é boa. A prevenção é importante e eficaz a reduzir esta situação.