Autor: Bárbara Gonçalves, Diogo Brandão, Fábio Reis, Flávio Boaventura, Felícia Bordalo, Joana Ferreira, José Amaro, José Pedro, Luís Rosas, Mafalda Cardoso, Maria Inês Brás, Maria Marta Cunha, Maria Teresa Caroto, Rafael Ramos, Rita Fontes Oliveira
Última atualização: 2016/12/07
Palavras-chave: Ametropia; Astigmatismo; Hipermetropia; Miopia; Presbiopia
As ametropias são doenças oculares que ocorrem devido à focalização inadequada da luz que chega à retina. Existem vários tipos de ametropias que diferem consoante o erro refrativo: miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia.
A miopia consiste na dificuldade em ver bem ao longe, o astigmatismo está associado à formação de uma imagem distorcida na retina e a hipermetropia e a presbiopia, com causas diferentes, estão relacionadas com a dificuldade de ver objetos próximos.
A correção das ametropias realiza-se através de auxiliares de visão (óculos, lentes) ou eventualmente cirurgia.
Estima-se que na população portuguesa cerca 4 milhões de pessoas sofram de problemas visuais. Nos erros refractivos, a Miopia afeta 14,7% das pessoas, o astigmatismo 11,7% e a hipermetropia 1,9%.
A prevenção pode melhorar a situação existente. Medidas como, por exemplo, a redução da exposição a ecrãs luminosos e a utilização de luminosidade adequada nas tarefas que envolvem esforço ocular são úteis na manutenção de uma boa visão. Os rastreios são também um ponto fundamental na prevenção de patologias oculares.
As Ametropias são doenças oculares que ocorrem devido a erros refrativos nos quais a focalização da luz que chega à retina é feita de forma inadequada, resultando numa perda de nitidez da imagem.
Miopia | Dificuldade em ver bem ao longe | Erro refrativo no qual o feixe de raios paralelos que atravessam a córnea encontra o seu foco antes da retina | Necessidade de ver os objetos demasiado ao perto, visão turva ao longe, pestanejar constante, dores de cabeça |
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Hipermetropia | Dificuldade de ver objetos próximos | Erro refrativo no qual o feixe de raios de luz paralelos, ao atravessar a córnea, obtém o seu foco de imagem atrás da retina | Rápida fadiga dos olhos na visão ao perto, por exemplo, durante a leitura prolongada, o desconforto visual e de cabeça |
Astigmatismo | Incapacidade de formar imagens pontuais de um objeto | A imagem que se forma na retina é distorcida, devido à existência de uma potência dióptrica diferente nos vários meridianos oculares | Fraco reconhecimento de detalhes, dores de cabeça, tendência a cansar-se rapidamente ao ler ou a conduzir |
Presbiopia | Dificuldade em ver objetos próximos; mais conhecida como ‘’vista cansada’’ | Evolução natural e progressiva da perda da capacidade de acomodação com a idade | Dificuldade em ler livros ou revistas sem ter de os colocar a uma distância cada vez maior |
Estima-se que na população portuguesa cerca 4 milhões de pessoas sofram de problemas visuais.
Nos erros refractivos, a Miopia afeta 14,7% das pessoas, o astigmatismo 11,7% e a hipermetropia 1,9%.
A presbiopia aumenta a prevalência com a idade e afeta praticamente toda a população a partir do 45-50 anos de idade.
Verifica-se que a prevalência de ametropias é maior em áreas urbanas, comparativamente às áreas rurais, as quais estão associadas a um menor stress visual causado pelas tecnologias e pela própria luminosidade do meio ambiente. Por outro lado, também podem ser indicados como fatores de risco o tempo prolongado de trabalho de escritório, o tempo reduzido passado no exterior, o maior nível de educação e a história familiar de Ametropias.
Num inquérito a estudantes do ensino superior, encontramos uma prevalência de ametropias de 70%.
A correção das ametropias pode ser feita através do uso de óculos ou de lentes de contacto, ou através de cirurgia corretiva.
A miopia é corrigida com lentes côncavas, a hipermetropia com lentes convexas, a presbiopia com lentes esféricas e o astigmatismo com o uso de lentes cilíndricas.
Diversos tipos de cirurgia também são recomendados de acordo com o tipo de ametropia em causa.
É importante salientar que, apesar da presença de sintomas associados a determinada ametropia, a necessidade de correção depende da gravidade da patologia e apenas um exame oftalmológico conduzido por um médico habilitado pode orientar a melhor decisão.
Há medidas que pode minimizar o aparecimento destes defeitos oculares:
O Programa Nacional para a Saúde da Visão, em Portugal, propõe o rastreio dos problemas da visão em idades chave:
De notar que o resultado de um rastreio não é necessariamente um diagnóstico estabelecido. Os casos detetados devem ser encaminhados para uma consulta especializada de oftalmologia onde serão devidamente orientados.
As ametropias são patologias oculares de prevalência significativa no mundo atual.
Prevenir o que é prevenível e tratar precocemente os casos detetados contribui para uma melhor visão.