Coronavírus

Revisão das 21h28min de 29 de janeiro de 2020 por Paulo Santos (Discussão | contribs)

Autor: Paulo Santos

Última atualização: 2020/01/25

Palavras-chave: Coronavírus; Infeção respiratória



Resumo


Os coronavirus são vírus comuns que provocam doença no homem, por vezes com gravidade.
O quadro clínico é o de uma virose, evoluindo para a cura espontânea na maioria dos casos, apesar de necessitar de tratamento dirigido ao controlo dos sintomas, por vezes, em regime de internamento.
A melhor estratégia é a prevenção da transmissão entre pessoas.




Coronavírus


Os coronavírus, assim chamados por apresentarem umas espículas na membrana que fazem lembrar uma coroa, são conhecidos desde os anos 60. A maioria das estirpes afetam os animais, sobretudo os camelos e os morcegos, podendo por vezes passar ao homem. São uma causa comum de infeções respiratórias em humanos, a maior parte sem gravidade de maior. Podem, no entanto, assumir formas graves e eventualmente mortais.

Coronavirus humanos


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São conhecidas 7 estirpes que podem causar doença em seres humanos.
As estirpes 229E, NL63, OC43 e HKU1 provocam formas ligeiras de doença.
A estirpe SARS-CoV foi causa de um surto inicial em 2002-03, atingindo quase 10.000 pessoas com um síndrome respiratório agudo severo, e vitimando 774 doentes. Desde 2004 não é conhecido mais nenhum caso desta doença.
A estirpe MERS-CoV foi descrita como causa de doença respiratória grave no Médio Oriente (Arábia Saudita) em 2012 e ainda se mantém ativo, com casos em todo o mundo mas todos provenientes dos países à volta do foco inicial.
O novo coronavírus 2019 (2019-n-CoV) foi descrito recentemente na China e está atualmente em fase de expansão.

Evolução da doença


Os mecanismos de transmissão da infeção ainda não estão completamente esclarecidos. Os coronavírus infetam sobretudo animais e por vezes podem passar ao homem. A transmissão entre humanos ocorre normalmente por via respiratória com um doente a lançar gotículas respiratórias na tosse ou espirros, e a atingir os contactos que poderão, ou não, vir a desenvolver doença, no prazo de 2 a 14 dias.
Os sintomas são os que normalmente aparecem nas infeções virais: tosse, febre e dificuldade respiratória.
Não há um tratamento específico para este vírus. Os doentes poderão fazer um tratamento de suporte para alívio dos sintomas, eventualmente em regime de internamento nas situações de gravidade.
À data de 29 de janeiro, havia 6.065 casos confirmados em todo o mundo, todos com ligação direta ou indireta a pessoas que estiveram na cidade de Wuhan, província de Hebei, China. Estavam 132 mortes registadas.

Prevenção


Na ausência de tratamento, a melhor estratégia é a prevenção:

  • Evite contacto com animais (vivos ou mortos), mercados de animais e produtos provenientes de animais (como carne não cozida), com origem em países afetados.
  • Lave as mãos frequentemente com água e sabão. Alternativamente, poderá usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evite tocar nos olhos, nariz e boca, se não tiver as mãos lavadas.
  • Evite contato próximo com pessoas doentes.
  • Fique em casa se estiver doente.
  • Sempre que tossir ou espirrar tape o nariz e a boca com um lenço de papel ou com o antebraço. Nunca com a mão!
  • Utilize os lenços de papel uma única vez, colocando-os, de seguida no lixo.
  • Neste momento, estão desaconselhadas as viagens para a província de Hebei, na China.



Conclusão


A infeção pelos vírus coronavirus é relativamente comum na população. Algumas estirpes têm potencial de provocar infeção grave. Na ausência de tratamento, importa prevenir.

Referências recomendadas



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