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O princípio é constante: a esta preparação segue-se um grande acontecimento transformador e festivo.<br><br> | O princípio é constante: a esta preparação segue-se um grande acontecimento transformador e festivo.<br><br> | ||
Nos termos da [https://dre.pt/home/-/dre/131068124/details/maximized Lei (Decreto n.º 2-B/2020)], prevê-se: | Nos termos da [https://dre.pt/home/-/dre/131068124/details/maximized Lei (Decreto n.º 2-B/2020)], prevê-se: | ||
− | * Confinamento obrigatório (as pessoas estão proibidas de sair de de casa, ou | + | * Confinamento obrigatório ('''as pessoas estão proibidas de sair de de casa, ou do internamento''', sem exceções): |
** Os doentes com COVID-19 e os infetados com SARS-Cov2; | ** Os doentes com COVID-19 e os infetados com SARS-Cov2; | ||
** Os cidadãos relativamente a quem a autoridade de saúde ou outros profissionais de saúde tenham determinado a vigilância ativa. | ** Os cidadãos relativamente a quem a autoridade de saúde ou outros profissionais de saúde tenham determinado a vigilância ativa. | ||
− | * Dever especial de proteção (as pessoas podem circular em espaços e vias públicas, ou em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas, em | + | * Dever especial de proteção ('''as pessoas só podem circular''' em espaços e vias públicas, ou em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas, '''em algumas situações'''): |
** Os maiores de 70 anos; | ** Os maiores de 70 anos; | ||
** Os imunodeprimidos e os portadores de doença crónica que, de acordo com as orientações da autoridade de saúde devam ser considerados de risco, designadamente os hipertensos, os diabéticos, os doentes cardiovasculares, os portadores de doença respiratória crónica e os doentes oncológicos. | ** Os imunodeprimidos e os portadores de doença crónica que, de acordo com as orientações da autoridade de saúde devam ser considerados de risco, designadamente os hipertensos, os diabéticos, os doentes cardiovasculares, os portadores de doença respiratória crónica e os doentes oncológicos. | ||
− | * Dever geral de recolhimento domiciliário (para todos os cidadãos | + | * Dever geral de recolhimento domiciliário ('''para todos os cidadãos''' portugueses ou estrangeiros em espaço nacional) |
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===Conclusão=== | ===Conclusão=== |
Autor: Paulo Santos
Última atualização: 2020/03/25
Palavras-chave: Coronavírus; Infeção respiratória; Pandemia
Índice
ResumoNo dia 31 de dezembro de 2019, as autoridades chinesas reportaram à Organização Mundial da Saúde (OMS) a existência de um surto de pneumonia de etiologia desconhecida na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China. |
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O Covid-19 é provocado por um vírus da família dos coronavírus, o SARS-CoV-2.
A transmissão entre pessoas ocorre através da inalação de gotículas respiratórias ou por contacto direto com a boca, nariz ou olhos.
Quando uma pessoa está a falar, ou quando tem tosse ou espirros, vai libertar pequenas gotículas que podem atingir outra pessoa, contagiando-a.
O vírus não se transmite através da pele ou pelos alimentos.
Não há evidência até ao momento de que os animais de estimação, cães e gatos, possam contrair ou transmitir a doença aos humanos.
A maioria das pessoas infetadas (cerca de 80%) vai desenvolver uma doença ligeira sem necessidade de grandes cuidados médicos e sem gravidade.
Os restantes 20% vão necessitar de internamento num hospital e eventualmente em cuidados intensivos.
A maior probabilidade de uma evolução severa está nas pessoas pertencentes aos grupos de risco.
Forma ligeira: Quatro em cada cinco pessoas (81%) que contraiam a infeção vão ter sintomas ligeiros:
Sinais e sintomas de uma doença mais grave, como falta de ar ou sensação de opressão no peito, não estão presentes.
Forma grave: Uma em cada 7 pessoas infetadas (14%) vai apresentar uma pneumonia grave, caracterizada pela existência dos sintomas acima referidos acompanhados de:
Forma crítica: Uma em cada 20 pessoas (5%) vai apresentar uma pneumonia muito grave com falência respiratória e necessidade de cuidados intensivos. Aproximadamente metade das pessoas deste grupo poderão vir a falecer (49%).
Não há vacina disponível para o Covid-19.
As medidas preventivas baseiam-se em diminuir a possibilidade de contágio entre pessoas.
Quanto mais afastadas estiverem, menor a probabilidade de que possam contagiar ou ser contagiadas pelo vírus. O afastamento de 1 a 2 metros é suficiente.
Ficar em casa serve este propósito. Quanto mais pessoas estiverem juntas maior a possibilidade de alguém poder transmitir a infeção.
Há um período sem sintomas de 1 a 14 dias desde o momento em que a pessoa tem contacto com o vírus até desenvolver a doença. O mais comum é um período de incubação de 5 dias.
O vírus pode ser libertado antes de dar sintomas significativos, pelo que o contacto nesta fase pode originar um contágio.
Recomenda-se que protejam a tosse e os espirros com o braço ou cotovelos para evitar a disseminação das gotículas. Prefira os lenços de papel de utilização única.
Lavar as mãos com água e sabão ou com solução hidroalcoólica. O vírus não contagia pela pele, mas as mãos são um veículo que pode levar o vírus até aos olhos, nariz ou boca.
Desinfetar as superfícies e objetos onde possam ter caído as gotículas respiratórias e daí possam contagiar outras pessoas quando transportadas para contacto com olhos, nariz ou boca. Não há certeza de quanto tempo o vírus permanece viável nas superfícies, mas é removido com um detergente simples ou um desinfectante.
O uso de máscara não demonstrou eficácia preventiva para a maior parte das pessoas.
As máscaras respiratórias devem ser utilizadas pelas pessoas doentes no sentido de evitar a libertação de gotículas infetadas.
Também estão recomendadas para as pessoas que lidam de forma próxima com estes doentes.
De qualquer das formas, devem ser bem utilizadas, com especial atenção a não serem manipuladas e ao retirar serem embrulhadas num saco plástico e rejeitadas para o lixo. É fundamental lavar bem as mãos cada vez que se toca na máscara.
As máscaras são de utilização única. Uma vez retiradas não devem ser reutilizadas.
As mãos não são uma porta de entrada dos vírus no organismo, pelo que não faz sentido usar luvas de proteção, mas sim lavar as mãos com água e sabão após qualquer contacto com materiais potencialmente infetados. Podem até ser agentes de contaminação se não forem devidamente manipuladas e rejeitadas após cada utilização.
O termo quarentena deriva do tempo de isolamento imposto aos navios antes de entrarem nos portos nos séculos XIV e XV em plena epidemia da Peste Negra.
Mas a ideia é mais antiga e vem da China Antiga, quando, nos primórdios da prática de vacinação antivariólica, se constatou que as crostas extraídas dos doentes por varíola permaneciam infectantes por cerca de 40 dias durante o inverno e 20 dias no verão: Era necessário isolar estes doentes durante este tempo para proteger os restantes.
O número 40 aparece associado a numerosos rituais de transformação e purificação:
O princípio é constante: a esta preparação segue-se um grande acontecimento transformador e festivo.
Nos termos da Lei (Decreto n.º 2-B/2020), prevê-se:
Estas e outras dúvidas estão no discurso de cada dia.
Estaremos preparados para responder a todas as questões que nos coloquem.
Envie-nos a sua questão que poderá ajudar outros com a mesma dúvida.