Linha 63: | Linha 63: | ||
** Usar roupa que cubra os braços e as pernas | ** Usar roupa que cubra os braços e as pernas | ||
** Cubra o berço, a cadeirinha e a cama com redes mosquiteiras | ** Cubra o berço, a cadeirinha e a cama com redes mosquiteiras | ||
− | * Trate a roupa e equipamentos com produtos | + | * Trate a roupa e equipamentos com produtos à base de permetrina |
* Durma com redes mosquiteiras na cama | * Durma com redes mosquiteiras na cama | ||
<br> | <br> |
Autor: Paulo Santos
Última atualização: 2016/01/28
Palavras-chave: Vírus Zika, Prevenção, Tratamento, Mosquito
O vírus Zika transmite-se pela picada do mosquito e causa uma doença que é ligeira na maior parte dos casos.
O diagnóstico faz-se por análises ao sangue.
Não há tratamento específico disponível e não há vacina eficaz.
A prevenção é a melhor estratégia e passa por evitar as picadas dos mosquitos, utilizando repelentes de insectos, redes mosquiteiras ou evitando as zonas pantanosas e de águas paradas onde o mosquito existe em maior quantidade.
Zika é um vírus que se transmite através da picada do mosquito da espécie Aedes. A transmissão por via materno-fetal é possível, assim como por via sexual.
Na maior parte das pessoas infectadas os sintomas são ligeiros com febre, vermelhidão na pele, dores articulares e conjuntivite (olho vermelho).
Os sintomas começam 2 a 7 dias após a picada do mosquito, afetando 1 em cada 5 pessoas que tiveram contacto com o vírus.
Muitas pessoas podem nem perceber que estão infectadas, pois os sintomas são muito inespecíficos e parecem-se com os das viroses respiratórias comuns.
Raramente a infeção pode ser mais complicada com sintomas mais severos e eventualmente exigindo internamento do doente.
Na possibilidade de ter havido contágio, ou seja, em pessoas que viajaram recentemente para zonas infectadas, a presença dos sintomas descritos pode levar ao pedido de uma análise específica para detetar o vírus no sangue.
Diversos surtos de Zika foram descritos até 2015 em países de África, Sudoeste asiático e ilhas do Pacífico. Em 2015, foi dado um alerta de infeção no Brasil e espalhou-se rapidamente a praticamente toda a América Central e do Sul (exceto Argentina, Chile, Perú e Uruguai).
Também está descrita a transmissão do vírus em Cabo Verde e na Samoa.
Todos os que viajarem para zonas afetadas podem contrair a infeção pelo vírus Zika, incluindo grávidas e crianças.
A maior parte dos doentes infectados necessitará apenas de tratamentos de suporte: hidratação, antipiréticos e analgésicos do tipo do paracetamol e repouso.
Casos mais graves ou portadores de outras situações de saúde poderão necessitar de outras abordagens. O médico assistente terá respostas mais específicas para cada caso concreto.
Não há tratamento antiviral específico para este vírus.
Não há vacina para proteger contra o vírus Zika.
A melhor forma de prevenção é evitar o contacto com os mosquitos, protegendo-se das picadas:
Não há evidência que as grávidas sejam mais suscetíveis à infeção ou que apresentem doenças mais graves que as não grávidas.
Foram descritos casos de microcefalia em crianças nascidas de grávidas que estiveram infetadas pelo vírus Zika. A microcefalia é uma doença que pode ser grave em que o cérebro da criança apresenta dimensões inferiores ao normal. Também foram descritas outras afeções neurológicas nestas crianças.
Recomenda-se que as mulheres grávidas considerem adiar ou cancelar a viagem para zonas infectadas.
A infeção por vírus Zika foi associada à ocorrência de síndrome de Guillan-Barré em adultos, uma doença neurológica rara que cursa com paralisia com início nos membros mas que pode estender-se ao corpo inteiro.
A infeção pelo vírus Zika é uma virose pouco grave na maior parte dos casos. As grávidas são um grupo especial pois há o risco de provocar malformações graves na criança.
A prevenção passa por evitar as picadas dos mosquitos.
Direção Geral da Saúde - Doença por vírus Zika
European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC)