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* [http://www.cdc.gov/Features/OlderAmericans/index.html Preventing Falls Among Older Adults, Centers for Disease Control and Prevention. 2015] | * [http://www.cdc.gov/Features/OlderAmericans/index.html Preventing Falls Among Older Adults, Centers for Disease Control and Prevention. 2015] | ||
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Autor: Ana Pinto Dias, Diogo Afonso Ferreira, Sara Santos Ferreira
Última atualização: 2016/07/25
Palavras-chave: Quedas acidentais; Acidentes, Casa; Idosos frágeis; Fatores de Risco; Prevenção
ÍndiceResumoEm cada ano, uma em cada três pessoas com 65 anos ou mais sofre uma queda. |
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Em cada ano, uma em cada três pessoas com 65 anos ou mais sofre uma queda. As consequências de uma queda nos idosos podem ser graves.
Podem dar origem a ferimentos mais ou menos graves como fraturas ou traumatismos cranianos, condicionando incapacidade temporária ou permanente, e podem resultar na necessidade de hospitalização, institucionalização, ou até mesmo em morte. Os acidentes representam a 5ª causa de morte acima dos 65 anos, com mais de 800 mortes em Portugal em 2007.
A maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorre dentro de casa e durante as atividades domésticas, como cozinhar, comer ou cuidar da casa e seriam evitáveis se antecipados preventivamente os riscos para a sua ocorrência.
Os riscos dividem-se fundamentalmente em 2 grandes grupos: intrínsecos, se têm a ver com o indivíduo, e extrínsecos se dependem do ambiente ou de outros.
Em relação às alterações associadas ao envelhecimento, são de destacar a diminuição da audição, diminuição da visão, sedentarismo, incontinência urinária, alterações na postura, alteração de equilíbrio e deformidades nos pés. Todos estes fatores contribuem em maior ou menor grau para aumentar o risco de cair.
Também relacionadas com o envelhecimento, as doenças crónicas podem contribuir para uma fragilização da pessoa idosa, predispondo-a às quedas. São de destacar as doenças cardíacas (em particular as arritmias, hipotensão e hipersensibilidade do seio carotídeo), doenças pulmonares, doenças neurológicas, doenças dos rins e bexiga e artroses. Outras doenças como a osteoporose não aumentam o risco de queda mas aumentam a potencial gravidade das suas consequências, facilitando as fraturas, por exemplo.
Existem medicamentos que contribuem para aumentar o risco de quedas como os medicamentos para problemas de saúde mental ou para a hipertensão arterial, ao provocarem efeitos secundários como sonolência ou tonturas. Para além disso, quanto maior o número de medicamentos que toma, maior a probabilidade de efeitos adversos e da existência de interações entre os medicamentos e, portanto, maior o risco de queda.
Em relação aos fatores ambientais, são várias as circunstâncias do dia-a-dia que podem facilitar a ocorrência de quedas:
Existe um conjunto de fatores que aumentam o risco de queda e determinadas situações demonstram que este risco é maior ou menor em cada um.
Se caiu pelo menos uma vez no último ano, se tem necessidade de usar bengala ou canadiana para se deslocar, se por vezes tem tonturas ou falta de equilíbrio e tem necessidade de se apoiar na mobília para não cair, se necessita de apoio das mãos para se levantar de uma cadeira e se tem dificuldade em subir passeios, então pode ter um maior risco de queda. A diminuição da sensibilidade nos pés e a toma de alguns medicamentos para dormir são também fatores que aumentam o risco de queda, particularmente na população idosa. O simples medo de cair, por si só, aumenta o risco de cair.
Se identificar com um ou vários dos fatores descritos, poderá ter uma maior probabilidade de cair. Importa por isso saber aquilo que pode fazer para prevenir as quedas, recorrendo sempre que necessário à ajuda dos serviços de saúde.
Faça uma avaliação da sua visão
Avalie a sua visão pelo menos uma vez por ano e atualize os seus óculos! Pode estar a usar óculos desadequados ou ter uma doença como glaucoma ou cataratas, que limitam a sua visão, aumentando a probabilidade de queda.
Peça ao seu médico assistente para rever a sua medicação
À medida que envelhecemos, a forma como os medicamentos atuam no nosso corpo pode alterar-se. Alguns medicamentos ou combinações de medicamentos podem fazer com que se sinta sonolento ou tonto aumentando o risco de cair.
Faça exercícios para melhorar o equilíbrio e força
Falta de exercício leva a fraqueza muscular e aumenta a probabilidade de queda. A prática de exercício, além de fazer reforço muscular e melhorar o equilíbrio, também o ajuda a sentir-se melhor e mais confiante. Procure junto da sua residência locais onde possa praticar treino de força muscular e de equilíbrio, como o Tai-Chi. O seu médico poderá ajudar na escolha de um programa de exercícios para si!
Torne a sua habitação mais segura
Mais de metade das quedas acontece em casa. Pode tornar a sua casa mais segura com algumas medidas simples:
Quarto de Banho
Quarto de Dormir
Todas as Dependências
Cuidados Fora de Casa
Fora de casa deve utilizar sempre calçado adequado ao seu pé.
A ajuda de auxiliares de marcha, como andarilhos ou bengalas, pode ser fundamental para evitar uma queda, porque melhoram o seu equilíbrio. Deve também evitar percursos acidentados ou com piso irregular.
Quando utilizar transportes públicos, como os autocarros, deve ter alguns cuidados: ao entrar e sair dos mesmos certifique-se de que o veículo se encontra completamente parado e junto do passeio; durante a viagem preferira um lugar sentado, sendo que existem lugares de cedência obrigatória para pessoas idosas; se tiver de viajar de pé, segure-se bem nos corrimões que existem para esse efeito.
Muito pode ser feito para evitar as quedas.
Conhecer os fatores de risco, avaliar o risco de cada um e adotar medidas preventivas são o primeiro passo para diminuir a frequência das quedas e as suas consequências na população idosa.