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Autor: Adriana Meneses
Última atualização: 2018/03/04
Palavras-chave: Pulmão dos criadores de aves, Quedas
ÍndiceResumoA columbofilia é um desporto com imensos praticantes em Portugal. O contacto íntimo com os pombos, geralmente durante vários anos pode condicionar alguns riscos para a saúde que importa esclarecer e prevenir. |
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A columbofilia é um desporto com imensos praticantes a nível nacional. Em 2016, eram estimados 18.000 associados na Federação Portuguesa de Columbofilia, existindo ainda um número não quantificável de pessoas que tratam pombos diariamente, e não se encontram inscritos na federação. Esta modalidade, na maioria das vezes, pratica-se durante a maior parte da vida.
A prática deste desporto não é isenta de riscos e, por isso, torna-se essencial adotar alguns cuidados por forma a prevenir problemas de saúde relacionados com este desporto e manter uma boa qualidade de vida.
O “pulmão dos criadores de pombos” é uma doença respiratória associada aos columbófilos. Afeta o pulmão e é provocada pela inalação repetida de uma substância (antigénio), presente nas fezes e penas dos pombos, causando uma pneumonite de hipersensibilidade. A inflamação resultante da inalação repetida pode originar fibrose e danos irreversíveis no aparelho respiratório.
No entanto, estes sintomas podem também estar presentes noutras doenças respiratórias e pulmonares, não sendo exclusivos dos criadores de pombos.
O diagnóstico desta doença, dada a necessidade de realização de exames específicos, é realizada por um Pneumologista. Para o diagnóstico é necessária a presenta de, pelo menos, quatro critérios major e dois minor:
É ainda fundamental que informe o seu médico de família sobre história passada ou recente de columbofilia, sobretudo se apresentar os sintomas descritos de forma persistente. Esta doença pode demorar vários anos a manifestar-se e esta informação é preciosa para se poder pensar na suspeita e acelerar o diagnóstico.
Para prevenir esta doença é necessário que sejam adotados alguns cuidados diariamente, sempre que em contacto com os pombos ou presença no pombal:
Apesar desta doença não poder ser prevenida a 100%, consegue-se diminuir francamente o seu aparecimento se forem adotados estes cuidados.
As condições de acesso aos pombais são também muito importantes. O risco de quedas aumenta com a idade, sendo que 30% das pessoas com mais de 65 anos e 50% daqueles com mais de 80 anos caem todos os anos e 20-30% das pessoas que sofrem quedas, sofrem lesões que reduzem a mobilidade e independência e que aumentam o risco de morte prematura. Este risco de queda agrava-se em casos de acessos estreitos, irregulares, escorregadios e pouco iluminados aos pombais.
Para reduzir o risco de quedas associadas à prática da columbofilia é necessário que seja garantida a segurança dos pombais e respetivos acessos, com bons apoios, escadas estáveis, largas e com corrimões, e iluminação adequada, para acesso durante a noite.
A prática segura da columbofilia implica uso de máscara e bata no contacto com os pombos, luvas na limpeza dos pombais e pombais seguros, com bons acessos.