Diferenças entre edições de "Tratamento da Hipertensão Arterial"

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A [http://metis.med.up.pt/index.php/O_que_%C3%A9_a_Hipertens%C3%A3o_Arterial Hipertensão Arterial] (HTA) é uma doença silenciosa, isto é, não apresenta sintomas. O benefício em diminuir a pressão arterial deve-se ao facto de ser um importante fator de risco cardiovascular, contribuindo para um maior risco de acidente vascular cerebral (AVC), enfarte agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e disfunção renal. <br>
Tratar a hipertensão arterial passa por assumir a necessidade de alterações do dia-a-dia na alimentação, na prática de atividade física, na cessação tabágica e na gestão do stress, além da toma dos medicamentos que forem mais indicados em cada caso. <br>
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Revisão das 10h37min de 17 de maio de 2017

Autor: Rita Fontes Oliveira, Teresa Barão, Catarina Martins Macedo, Mafalda Ferreira da Silva

Última atualização: 2016/04/18

Palavras-chave: Hipertensão Arterial, Medidas não farmacológicas, Terapêutica farmacológica



Resumo


A Hipertensão Arterial (HTA) é uma doença silenciosa, isto é, não apresenta sintomas. O benefício em diminuir a pressão arterial deve-se ao facto de ser um importante fator de risco cardiovascular, contribuindo para um maior risco de acidente vascular cerebral (AVC), enfarte agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e disfunção renal.
Tratar a hipertensão arterial passa por assumir a necessidade de alterações do dia-a-dia na alimentação, na prática de atividade física, na cessação tabágica e na gestão do stress, além da toma dos medicamentos que forem mais indicados em cada caso.




Como posso melhorar a minha pressão arterial?


Para controlar a hipertensão arterial é necessário uma conjugação de medidas farmacológicas e não farmacológicas:

1. Alimentação


O desenvolvimento de HTA resulta da combinação de diversos fatores, nomeadamente ambientais, sendo que as alterações dietéticas podem prevenir a elevação da PA e o desenvolvimento de HTA.

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  • Comer de forma saudável é o segredo;
  • Faça uma alimentação diversificada, com reforço das frutas, dos legumes e vegetais;
  • Divida os alimentos por 6 refeições por dia;
  • Coma pouco de cada vez e devagar, mastigando bem os alimentos;
  • Modere o consumo de álcool
Recomenda-se um máximo de 1 bebida por dia nas mulheres e 2 nos homens – uma bebida equivale a um copo de vinho de 100 ml, ou seja, 10-12 g de álcool puro)
  • Diminua o consumo de sal.
Pode substituí-lo por sumo de limão, ervas aromáticas, especiarias ou outros condimentos.
Em Portugal, a média diária de sal na alimentação é superior a 10 g, para uma quantidade recomendada inferior a 6 g de sal. É absolutamente essencial diminuir a ingestão de sal na alimentação.
  • Evite os enchidos, fumeiros, enlatados, comidas pré-preparadas, aperitivos.
Além do elevado teor de sal que muitas vezes apresentam são também ricos em gorduras saturadas e colesterol.


2. Redução do peso


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Nas pessoas com excesso de peso ou obesidade, perder peso pode contribuir para reduzir o valor da pressão arterial.

  • Índice de massa corporal < 25 Kg/m2
  • Perímetro abdominal < 102 cm nos homens e 88 cm nas mulheres


3. Atividade física


Pratique mais exercício físico:

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  • Uma atividade física regular ajuda a baixar os níveis da pressão arterial, ao mesmo tempo que permite um controlo do peso.
  • Deve escolher exercícios que compreendam movimentos cíclicos (como a natação, a marcha, a corrida ou a dança) e evitar esforços físicos intensos (por exemplo, levantar pesos ou empurrar objetos pesados), já que estes aumentam a pressão arterial durante o esforço.
  • Recomenda-se realizar 30 minutos de atividade física moderada a intensa por dia, 5 a 7 dias por semana.
  • Prefira as escadas ao elevador; andar mais a pé (na utilização dos transportes públicos, desça uma paragem antes, deixe o automóvel mais longe); ande de bicicleta.


4. Deixe de fumar


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Os fumadores têm, em média, menos dez anos de vida do que os não fumadores.
As doenças cardiovasculares são 2 a 4 vezes mais frequentes nos fumadores.
O tabaco é responsável por 20% da mortalidade por doença coronária.
Parar de fumar diminui o risco das doenças cardiovasculares: Enfarte do miocárdio, angina de peito, doença arterial periférica e acidente vascular cerebral (AVC). Também diminui o risco de cancro e doenças respiratórias como a bronquite crónica.

5. Stress


O stress é inevitável na vida.
Cada pessoa tem o seu nível ideal. Abaixo deste nível a pessoa sente-se desmotivada, aborrecida e incapaz de lidar com as situações do dia-a-dia. Acima deste nível, o stress é causa de desconforto e eventual doença. Cada um deve tentar perceber qual o seu próprio nível para uma vida realizada.
Formas de lidar com o stress:

  • Evite o stress desnecessário
  • Altere a situação que provoca stress
  • Adapte-se ao fator que provoca stress, ajustando a sua atitude
  • Aprenda a aceitar aquilo que não pode mudar
  • Arranje tempo para a diversão e relaxamento
  • Adote um estilo de vida saudável
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6. Tratamento com medicamentos


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Quando o tratamento sem medicamentos não é suficiente, os fármacos são fundamentais.
O seu médico saberá qual o melhor tratamento para cada caso e poderá orientá-lo nesse sentido.
A principal causa de hipertensão não controlada é a não adesão à terapêutica. Não deve suspender a sua medicação, pois coloca em risco a sua saúde. Ao aparecimento de algum efeito adverso ou outra qualquer dúvida, deve procurar esclarecer-se com o seu médico.
O doente é o principal gestor da sua saúde e deve estar consciente da importância do cumprimento da mediação prescrita pelo seu médico.

Conclusão:


A hipertensão arterial é um importante fator de risco cardiovascular. Existe evidência do importante benefício da redução dos valores tensionais.
São diversas as medidas que podem ser tomadas na prevenção e controlo da hipertensão: alimentação, atividade física regular, deixar de fumar, perder peso, controlar o stress.
O tratamento farmacológico é uma medida eficaz, muitas vezes necessária, no controlo desta doença, mas só funciona nas pessoas que tomam a medicação. Evite parar de tomar a sua medicação, sem falar primeiro com o seu médico.

Referências recomendadas



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