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* [http://www.spginecologia.pt/uploads/livro_miomas_uterinos.pdf Consenso sobre miomas, 2017. Sociedade Portuguesa de Ginecologia] | * [http://www.spginecologia.pt/uploads/livro_miomas_uterinos.pdf Consenso sobre miomas, 2017. Sociedade Portuguesa de Ginecologia] |
Autor: Fátima Santos, Sara Leite
Última atualização: 2017/04/24
Palavras-chave: Mioma, Útero, Tumor benigno, Idade fértil, Hemorragia uterina anormal
ÍndiceResumoUm mioma uterino (também designado por fibróide, leiomioma ou fibromioma) é uma massa ou tumor benigno no útero. É muito raro um mioma uterino malignizar. Em Portugal, os miomas uterinos afectam entre 30 a 60% da população feminina. |
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O mioma uterino é o tumor pélvico benigno com origem nas células musculares do útero e é mais frequente na mulher em idade reprodutiva. Um mioma pode ser tão pequeno como uma ervilha ou tão grande como uma bola de basquetebol. Pode ser um tumor isolado ou múltiplos.
São chamados de tumores, mas não são um tipo de cancro. Constituem um crescimento anormal do músculo do útero.
Dados em Portugal apontam para que os fibromiomas afetem cerca de 30 a 60% da população feminina, mas a verdadeira dimensão do problema é desconhecida visto que podem não dar sintomas significativos. Estima-se que afetem cerca de 20-40% das mulheres em idade reprodutiva, podendo atingir 70-80% das mulheres aos 50 anos.
São mais comuns nas mulheres negras, onde se apresentam em maior número, com tamanhos maiores e muitas vezes com sintomas mais notórios.
Na maior parte dos casos, os miomas uterinos não apresentam qualquer sintoma e podem passar despercebidos. Dependendo da sua localização e do tamanho, em 30-40% dos casos podem sintomas, por exemplo:
O risco de poder evoluir para um tumor maligno situa-se entre os 0,06% e os 0,3%.
Se existirem sintomas sugestivos e perante um útero aumentado de volume e com aspecto irregular no exame ginecológico, é possível que possa ser um mioma. A ecografia pélvica é um exame que pode confirmar a suspeita. Podem ser necessários outros exames de diagnóstico, como:
O número de miomas, o seu tamanho e a rapidez com que se desenvolvem variam de mulher para mulher. As hormonas femininas estimulam o crescimento dos miomas, pelo que eles continuam a crescer até à menopausa. Os miomas de menores dimensões frequentemente diminuem após a menopausa. Os de maiores dimensões podem mudar pouco ou tornarem-se ligeiramente mais pequenos. Se uma mulher tiver sido submetida a uma intervenção cirúrgica para remoção de miomas, podem surgir novos miomas em qualquer altura antes de ela entrar na menopausa.
Os miomas diminuem frequentemente de tamanho depois da menopausa devido ao fato de necessitarem das hormonas femininas para crescerem. Muitas mulheres têm miomas de dimensões reduzidas a moderadas durante a idade fértil que lhes causam poucos ou nenhuns problemas.
Não existem medidas comprovadamente eficazes para prevenir o desenvolvimento de miomas uterinos.
Se os miomas forem pequenos e não causarem sintomas, não necessitam de ser tratados. Nestes casos pode-se fazer vigilância para monitorizar o crescimento. Em alguns casos, podem ser prescritos medicamentos para controlar qualquer hemorragia anormal e para reduzir temporariamente o tamanho dos miomas.
Se os miomas causarem sintomas significativos ou se forem suficientemente volumosos para interferirem com a fertilidade, pode ser necessário removê-los, designado de miomectomia em que são retirados os miomas conservando o útero. Em alguns casos, quando a mulher já não deseja ter mais filhos ou já não se encontra em idade fértil pode-se optar por retirar todo o útero (histerectomia). Neste caso, a mulher já não poderá voltar a engravidar.
Deve contatar o seu médico se apresentar algum dos seguintes sintomas:
Consulte o médico imediatamente se experimentar uma dor pélvica intensa ou se surgir uma hemorragia abundante pela vagina.
Os miomas uterinos são uma situação comum e normalmente com pouca gravidade.
Hemorragias anormais durante o período menstrual ou fora dele são suspeitas de se tratar de um mioma uterino.
Muitas vezes não será necessário qualquer tratamento, mas o médico assistente poderá orientar para as melhores opções disponíveis.