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: corrimento espesso, escasso, branco, inodoro e com aspecto coalhado; | : corrimento espesso, escasso, branco, inodoro e com aspecto coalhado; | ||
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: raramente associada a sintomas irritativos | : raramente associada a sintomas irritativos | ||
: corrimento mais abundante, de coloração cinza ou amarela, com cheiro desagradável; | : corrimento mais abundante, de coloração cinza ou amarela, com cheiro desagradável; | ||
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: muitas vezes acompanhado de ardor vaginal/urinário, comichão, dor na relação sexual | : muitas vezes acompanhado de ardor vaginal/urinário, comichão, dor na relação sexual | ||
: corrimento purulento, fino, com cheiro fétido | : corrimento purulento, fino, com cheiro fétido |
Autor: Sara Martins, Sílvia Castro Alves, Joana Relva
Última atualização: 2017/07/03
Palavras-chave: Corrimento Vaginal, Vaginite Infeciosa, Vaginite não Infeciosa
Índice
ResumoO corrimento vaginal é uma secreção da vagina que na maioria das vezes é normal, variando nas suas características ao longo do ciclo menstrual da mulher, onde pode ter um papel protetor. |
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O corrimento vaginal é um fluido que se exterioriza pela vagina, constituído por células provenientes do colo do útero, bactérias, muco e água.
Normalmente apresenta-se como uma secreção branca ou transparente, sem cheiro e com uma consistência variável. É ligeiramente ácido, com um pH que varia entre 4,0 e 4,5, inibindo o crescimento bacteriano e funcionando como uma barreira mecânica à passagem de microorganismos patogénicos.
Termo geral utilizado para designar uma alteração da vagina, devido a infeção, inflamação ou mudanças na flora vaginal. A verdadeira prevalência não é conhecida; sabe-se que a maioria das mulheres terá pelo menos uma infeção vaginal durante a sua vida.
Habitualmente os sintomas são facilmente percebidos, o que leva muitas vezes à automedicação, nem sempre da forma mais correta.
Alterações da quantidade (volume) do corrimento, da cor e do cheiro, com comichão e desconforto vaginal podem significar uma vaginite:
Outros fatores a considerar:
A história clínica isoladamente não é suficiente, uma vez que pode ocorrer sobreposição de sintomas. O exame ginecológico permite a observação das características do corrimento vaginal, grau de inflamação e presença de lesões ou corpos estranhos. Outros achados incluem inflamação do colo uterino e/ou sensibilidade ao toque vaginal.
Em alguns casos poderá recorrer-se à análise laboratorial do corrimento vaginal, para identificação específica do microorganismo envolvido.
Algumas vaginoses curam espontaneamente.
A maioria dos casos, irá precisar de tratamento específico que poderá passar pela aplicação de cremes/óvulos no interior da vagina ou toma de comprimidos orais, de acordo com a decisão médica e com a preferência da mulher.
Poderá ser necessário o tratamento do parceiro (na tricomoníase este é sempre recomendado; nas restantes deve ser avaliado caso a caso).
Durante o tratamento recomenda-se evitar as relações sexuais ou, pelo menos, utilizar o preservativo.
Na atrofia vaginal, a aplicação de cremes lubrificantes poderá ajudar. Nas reações alérgicas o tratamento implica suspensão dos produtos que causaram os sintomas (no caso de alergia ao latéx, existem preservativos sem este componente).
Uma adequada higienização genital e a adoção de outras medidas que favoreçam a manutenção do equilíbrio da flora vaginal são cruciais para a prevenção de quadros de vaginite.