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O principal sintoma é o aumento das glândulas parótidas. Raramente cursa com consequências graves.<br> | O principal sintoma é o aumento das glândulas parótidas. Raramente cursa com consequências graves.<br> | ||
A prevenção passa pela realização da vacina (VASPR), que pertence ao [[Programa Nacional de Vacinação|Programa Nacional de Vacinação]] em vigor em Portugal. | A prevenção passa pela realização da vacina (VASPR), que pertence ao [[Programa Nacional de Vacinação|Programa Nacional de Vacinação]] em vigor em Portugal. |
Autor: Sara Barbosa, Rita Matos, Lina Costa
Última atualização: 2017/08/02
Palavras-chave: Parotidite; Vírus; Glândula parótida; Vacina
ÍndiceResumoA Parotidite Epidémica mais conhecida por Papeira é uma doença infeciosa benigna causada por um vírus transmissível pessoa a pessoa por via respiratória. Afeta essencialmente crianças e adolescentes. |
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A Parotidite Epidémica ou Papeira é uma doença infeciosa, causada por um vírus denominado Paramyxovirus. Afeta principalmente crianças e adolescentes.
É uma doença habitualmente benigna, que raramente traz consequências graves.
É uma Doença de Declaração Obrigatória em Portugal desde 1995 pelo seu potencial contagioso, isto é, de cada vez que surge um caso suspeito, provável ou confirmado, o médico deve reportar isso à Autoridade de Saúde, que realizará o controlo epidemiológico.
É também uma doença de evicção escolar obrigatória, ou do local de trabalho, por um período de, pelo menos, 9 dias a partir do aparecimento dos sintomas.
O principal sintoma é o aumento das glândulas parótidas, que são glândulas salivares que se localizam nas bochechas. Assim, o aumento começa por ser evidente ao nível do lóbulo da orelha e vai progredindo pela face e pescoço. Pode ser de um lado ou dos dois lados da face. Este aumento pode ser acompanhado de dor e pode demorar entre 2 a 10 dias até desaparecer.
Outros sintomas menos específicos são a febre baixa, dores musculares, perda de apetite ou dor de cabeça. A doença pode ainda surgir sem qualquer sintoma associado.
É uma doença altamente contagiosa, que se transmite através do contato com partículas aerossóis provenientes das pessoas contaminadas, isto é, pequenas gotículas de saliva ou secreções respiratórias que uma pessoa produz quando fala, tosse ou espirra. O vírus é mais facilmente transmissível 2 dias antes do aparecimento de sintomas e até 4 dias depois do seu desaparecimento.
O diagnóstico é realizado pelo médico baseado apenas nos sintomas e na observação do doente. Por norma, não são necessários testes laboratoriais.
As complicações são raras e surgem mais frequentemente em adultos que contraíram a doença.
O vírus tem uma afinidade especial para as glândulas salivares, sistema nervoso central e testículos. Assim, as principais complicações desta doença são infeções cerebrais (meningite ou encefalite), que ocorrem raramente, e infeções no testículo (orquite), que atingem 3,3 a 10% dos doentes adultos. Afetam em 60 a 80% dos casos apenas um testículo, pelo que raramente causam infertilidade. A surdez era uma complicação comum nas crianças antes da vacinação e praticamente desapareceu. Durante a gravidez, a doença pode provocar abortamento espontâneo.
Essencialmente previne-se!
O tratamento passa por aliviar os sintomas, por exemplo, com analgésicos, para aliviar a dor ou antipiréticos, para diminuir a temperatura corporal. Atualmente, em Portugal, perante um diagnóstico de Papeira, o doente deve evitar atividade escolar ou laboral durante um período de, pelo menos, 9 dias.
A melhor forma de prevenir a Papeira é através da vacina, que faz parte do Programa Nacional de Vacinação (PNV) em Portugal desde 1987.
A vacina contra a parotidite está integrada na VASPR, que oferece proteção contra a Sarampo, Papeira e Rubéola. É administrada em duas doses: aos 12 meses e aos 5 anos de idade.
A vacina é a forma mais eficaz de prevenir a doença, uma vez que permite desenvolver anticorpos, que são proteínas que combatem a doença caso ela surja. Para além disso, fornece imunidade de grupo, isto é, pelo fato da maioria das pessoas estarem vacinadas, há uma proteção adicional para as não vacinadas, uma vez que se encontram expostas a um menor número de indivíduos portadores do vírus.
A Papeira é uma doença causada por um vírus, que resolve espontaneamente sem medicação específica. Raramente cursa com complicações.
A vacinação é a melhor forma de prevenção da doença.