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+ | |Sigla da Doença=A71 | ||
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Autor: Raquel Souto, Carla Morna
Última atualização: 2016/03/07
Palavras-chave: Sarampo, Vacina contra o Sarampo, Prevenção, Vacinação
ÍndiceResumoO sarampo é uma doença aguda causada por um vírus, altamente contagioso, que se transmite principalmente pelo contacto com aerossóis e pequenas gotículas produzidas quando uma pessoa infetada tosse ou espirra. |
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A infeção com o vírus do sarampo causa uma doença aguda, habitualmente benigna, mas que em alguns casos poderá ser grave ou mesmo mortal. O vírus do sarampo é altamente contagioso, estimando-se que em média 8 a 15 pessoas possam ser infectadas por um único caso de sarampo. Quando a pessoa infetada tosse ou espirra, produz aerossóis e pequenas gotículas com vírus que permanecem no ar durante várias horas com capacidade de transmitirem a doença. Segundo dados do centro europeu para a prevenção e controlo de doenças, de 2010 a 2015 foram notificados em Portugal 15 casos de sarampo.
Os primeiros sintomas surgem aproximadamente 8 a 12 dias após contacto com uma pessoa doente. Em regra são semelhantes aos de uma constipação, com febre, tosse e corrimento nasal. Os olhos podem ficar avermelhados e com maior sensibilidade à luz. Geralmente, entre o terceiro e o sétimo dia da doença, a febre pode atingir 39 a 41ºC. É caraterístico do sarampo o surgimento de manchas avermelhadas na pele, que inicialmente surgem na face e no pescoço, e depois se espalham por todo o corpo, progredindo para a pele do tronco, braços e pernas.
Aproximadamente em 30% dos casos de sarampo surgem complicações clínicas, sendo estas mais comuns em crianças com idade inferior a 5 anos e em adultos. Incluem episódios de diarreia, infeção do ouvido médio, encefalite aguda e pneumonia, que é a causa mais comum de morte relacionada com o sarampo. O sarampo durante a gravidez aumenta o risco de abortamento, de parto prematuro e de recém-nascidos de baixo peso.
O sarampo é diagnosticado essencialmente pelos sintomas que o doente apresenta. Não há tratamento específico para o sarampo. A maioria das pessoas recupera com tratamento de suporte, que inclui controlar a febre e as dores com medicamentos do tipo do paracetamol, hidratação e repouso.
A vacinação é a melhor proteção contra o sarampo.
De acordo com o Programa Nacional de Vacinação (PNV) a vacina contra o sarampo é dada em conjunto com a vacina contra a papeira e a rubéola numa vacina combinada chamada VASPR. São administradas duas doses de VASPR para atingir a proteção máxima. A primeira dose é dada aos 12 meses de idade e a segunda dose é administrada aos 5-6 anos de idade. Pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, nascidas a partir de 1970, sem história de sarampo, e sem registo de administração de vacina contra o sarampo também devem ser vacinadas.
A vacina VASPR é eficaz e segura, sendo distribuída e administrada gratuitamente nos Centros de Saúde e Unidades de Saúde Familiares.
Em 1998, a revista médica The Lancet publicou um artigo, no qual era sugerida uma possível associação temporal entre a vacinação contra o sarampo (VASPR) e o aparecimento de doenças gastrointestinais e autismo em 12 crianças. Após anos de polémica, o artigo foi retirado, tendo sido provado que as conclusões do artigo eram fraudulentas.
A revisão sistemática mais recente publicada na reputada Cochrane Library reuniu dados de 14 milhões e 700 mil crianças vacinadas, concluindo que a vacina VASPR é segura, eficaz, e que não há qualquer prova de que possa estar associada a autismo, asma, leucemia, febre do fenos, diabetes tipo 1, perturbações na marcha, doença de Crohn, doenças desmielinizantes, bacterianas ou infecções virais.
O sarampo é uma doença vírica aguda, que pode levar a doença grave ou mesmo morte.
A vacinação está incluída no PNV em Portugal.
A vacina é gratuita, segura e eficaz, conferindo proteção para toda a vida.