Diferenças entre edições de "Programa Nacional de Vacinação"

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A sua origem histórica perde-se nos primórdios do segundo milénio com relatos chineses de inoculações variólicas para prevenção da varíola, o mesmo acontecendo em África e na Turquia, onde aliás teve origem a técnica que em 1720 “Lady Montagu” introduziu em Inglaterra. Foi no entanto “Edward Jenner” quem trouxe uma abordagem de experimentação científica e em 1798 publicou os resultados da eficácia da inoculação do vírus da “vaccinia” (varíola bovina) na prevenção da varíola humana em 23 indivíduos, dando início à era moderna da vacinação.<br>
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A sua origem histórica perde-se nos primórdios do segundo milénio com relatos chineses de inoculações variólicas para prevenção da varíola, o mesmo acontecendo em África e na Turquia, onde aliás teve origem a técnica que em 1720 ''Lady Montagu'' introduziu em Inglaterra. Foi no entanto ''Edward Jenner'' quem trouxe uma abordagem de experimentação científica e em 1798 publicou os resultados da eficácia da inoculação do vírus da ''vaccinia'' (varíola bovina) na prevenção da varíola humana em 23 indivíduos, dando início à era moderna da vacinação.<br>
Mais tarde, “Louis Pasteur” trouxe novidades com a descoberta da atenuação da virulência do agente, levando a uma explosão de conhecimento, traduzida pela descrição das vacinas contra a raiva e contra o antraz.<br>
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Mais tarde, ''Louis Pasteur'' trouxe novidades com a descoberta da atenuação da virulência do agente, levando a uma explosão de conhecimento, traduzida pela descrição das vacinas contra a raiva e contra o antraz.<br>
 
A evolução ditou a erradicação da varíola, com o último caso descrito em 1977 na Somália, e a quase erradicação da poliomielite prevista agora para 2020.<br>
 
A evolução ditou a erradicação da varíola, com o último caso descrito em 1977 na Somália, e a quase erradicação da poliomielite prevista agora para 2020.<br>
 
Na atualidade o número de vacinas é de vinte e cinco. A maioria dos países representados na OMS apresenta programas nacionais de vacinação estruturados, mais ou menos abrangentes, estimando-se uma redução mundial da mortalidade de cerca de 2,5 milhões de crianças por ano.<br>
 
Na atualidade o número de vacinas é de vinte e cinco. A maioria dos países representados na OMS apresenta programas nacionais de vacinação estruturados, mais ou menos abrangentes, estimando-se uma redução mundial da mortalidade de cerca de 2,5 milhões de crianças por ano.<br>
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Verifique o seu Boletim Individual de Vacinas e se não estiver atualizado dirija-se ao Centro de Saúde onde está inscrito e '''vacine-se'''.<br>
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Revisão das 22h28min de 31 de janeiro de 2016

Autor: Paulo Santos

Última atualização: 2016/01/29

Palavras-chave: Vacinação, Programa Nacional de Vacinação, Esquema de vacinação


Resumo


O Programa Nacional de Vacinação é um elemento fundamental da defesa da saúde das populações.
Em Portugal, inclui recomendações para 13 vacinas distribuídas ao longo da vida, sobretudo na infância.
A vacinação permite salvar mais vidas e prevenir mais casos de doença do que qualquer tratamento médico.



Programa Nacional de Vacinação


A vacinação é o processo pelo qual a inoculação de um agente no corpo, seja um microrganismo ou uma substância, produz imunidade (defesas) para uma determinada doença.


História


A sua origem histórica perde-se nos primórdios do segundo milénio com relatos chineses de inoculações variólicas para prevenção da varíola, o mesmo acontecendo em África e na Turquia, onde aliás teve origem a técnica que em 1720 Lady Montagu introduziu em Inglaterra. Foi no entanto Edward Jenner quem trouxe uma abordagem de experimentação científica e em 1798 publicou os resultados da eficácia da inoculação do vírus da vaccinia (varíola bovina) na prevenção da varíola humana em 23 indivíduos, dando início à era moderna da vacinação.
Mais tarde, Louis Pasteur trouxe novidades com a descoberta da atenuação da virulência do agente, levando a uma explosão de conhecimento, traduzida pela descrição das vacinas contra a raiva e contra o antraz.
A evolução ditou a erradicação da varíola, com o último caso descrito em 1977 na Somália, e a quase erradicação da poliomielite prevista agora para 2020.
Na atualidade o número de vacinas é de vinte e cinco. A maioria dos países representados na OMS apresenta programas nacionais de vacinação estruturados, mais ou menos abrangentes, estimando-se uma redução mundial da mortalidade de cerca de 2,5 milhões de crianças por ano.


Em Portugal


Em Portugal, a vacinação variólica inicia-se em 1894 e permanece obrigatória até 1977, e as vacinas do tétano e da difteria iniciaram-se com carácter obrigatório em 1962, sendo atualmente as únicas vacinas de administração obrigatória.
O primeiro Programa Nacional de Vacinação (PNV) foi publicado em 1965 e caracterizou-se pela distribuição universal e gratuita de vacinas à população de acordo com um calendário definido e seguindo as orientações técnicas estabelecidas. Foi criado nesta altura o Boletim Individual de Saúde que faria prova da vacinação. A primeira vacina foi a da poliomielite, seguida em 1966 pelas do tétano, da difteria, da tosse convulsa e da varíola, notando-se nos anos seguintes uma notável redução da mortalidade e morbilidade pelas doenças infeciosas alvo de vacinação.
O programa tem sido atualizado regularmente e, desde 2015, inclui recomendações para um conjunto de 13 vacinas estrategicamente distribuídas de forma a maximizar a proteção conferida na idade mais adequada e o mais precocemente possível.
As vacinas do PNV são distribuídas e administradas gratuitamente nos Centros de Saúde e Unidades de Saúde Familiares.


Na avaliação de 2012 do PNV, promovida pela Direção Geral da Saúde, a taxa de cobertura na infância era superior a 95%, mas a vacinação contra o tétano e difteria abrangia apenas 70% das pessoas aos 65 anos. A vacina contra as infeções pelo vírus do papiloma humano apresentava taxas de cobertura superiores a 85% para as 3 doses administradas. No entanto reconhece-se que o enorme sucesso dos programas de vacinação pode levar à perceção de que o risco associado à vacina seja superior ao da própria doença, diminuindo a adesão e assim comprometer esse mesmo sucesso.
A vacinação permite salvar mais vidas e prevenir mais casos de doença do que qualquer tratamento médico.

Conclusão


O Programa Nacional de Vacinação é o programa de saúde mais antigo em Portugal e o que demonstrou melhor benefício para as pessoas e para a sociedade em geral.
Verifique o seu Boletim Individual de Vacinas e se não estiver atualizado dirija-se ao Centro de Saúde onde está inscrito e vacine-se.
A vacinação no âmbito do PNV é gratuita e eficaz.
E avise os amigos!

Referências recomendadas


DGS – Programa Nacional de Vacinação

Organização Mundial da Saúde – Immunization

European Commission – Vaccination

CDC - Vaccines & Immunizations

Paulo Santos et al. RPMGF. 2013..29(5): 328-33



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