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Autor: André Beco; Beatriz Vieira; Cláudio Gaspar; Filinto Ricardo Costa; Gonçalo Soares;Leonor Aparício; Maria Alexandra Pinto; Maria Iglésias; Pedro Lopes; Raquel Bastos; Rodrigo Felgueiras; Sónia Melo; Susana Teixeira
Última atualização: 2016/12/08
Palavras-chave: Criança, saúde, tecnologias, sedentarismo, sociabilização
O uso massivo das tecnologias no dia a dia e a sua grande influência na saúde a nível físico, mental e social tornam pertinente a reflexão acerca do seu protagonismo nas nossas vidas.
Para além de potenciarem as capacidades intrínsecas do ser humano como a cognição, a destreza oculomotora, o raciocínio lógico e a orientação no espaço, as tecnologias ajudam no processo de aprendizagem, comunicação e acesso à informação.
No entanto, contribuem de forma prejudicial nos domínios da sociabilização e retenção da informação e são fatores potenciadores de queimaduras cutâneas, problemas posturais e oftalmológicos. Estas consequências são maioritariamente manifestadas a longo prazo, pelo que é possível que as crianças de hoje sejam vítimas destes pontos negativos no futuro, por se encontrarem rodeadas desde muito cedo por aparelhos eletrónicos.
Revela-se, assim, fundamental estarmos alerta de forma a equilibrar o uso das novas tecnologias, dando particular importância aos pais e educadores, tirando o máximo partido das vantagens e minimizando as consequências negativas destes aparelhos.
A partir da década de 90, a tecnologia tem vindo a tornar-se cada vez mais parte integrante do quotidiano, influenciando desde a atividade profissional à vida doméstica, passando ainda pelos tempos livres, desporto e cultura.
Desde o momento em que acordamos com o despertador até que adormecemos com a televisão acesa, estamos expostos a uma dose crescente de tecnologia. Generalizou-se o acesso aos computadores, tablets, telemóveis e a outros dispositivos eletrónicos integrados numa imensa rede de conexão virtual.
Num inquérito a alunos do 3º e 4º anos do Ensino Básico de duas escolas do Norte de Portugal (8 a 10 anos de idade), todos os inquiridos afirmam possuir televisão em casa, mais de metade com televisão no seu próprio quarto de dormir, 95% têm acesso a um tablet ou computador e 56% têm telemóvel próprio.
Os benefícios da era digital são transversais às diferentes faixas etárias e condicionam a evolução do ser humano:
No entanto, estes pontos positivos podem esconder consequências nem sempre tão percetíveis.
Vários estudos têm apontado os riscos desta utilização excessiva:
No mesmo inquérito, questionamos as crianças sobre a frequência com que usavam a televisão.
O gráfico mostra os resultados obtidos.
Ver televisão de forma autónoma, sem horário estabelecido e muitas vezes já na cama antes de apagar a luz é muito mais comum do que esperaríamos. De notar que quase metade das crianças vê a televisão também durante as refeições, deixando inquinar digitalmente o espaço tradicionalmente dedicado à convivência familiar.
É muito tempo despendido em tecnologias de comunicação e com fraco controlo parental.
É necessário um esforço conjunto para equilibrar esta situação, reforçando o caráter positivo das novas tecnologias e minimizando os riscos e aspetos negativos:
As novas tecnologias trazem consigo múltiplas vantagens, mas o uso excessivo condiciona o seu potencial, sendo assim necessário optarmos por uma dieta tecnológica equilibrada que se deve adotar desde criança.