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Autor: Sara Gomes
Última atualização: 2017/06/16
Palavras-chave: Vitamina D, Colecalciferol, Deficiência de vitamina D, Suplementação vitamínica
ÍndiceResumoA vitamina D é essencial no metabolismo ósseo e os estudos mais recentes indicam que os seus benefícios se podem alargar a outros órgãos e sistemas. É produzida pela pele, através da exposição à luz solar, e pode ser obtida pela ingestão de alimentos ricos em vitamina D. |
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A vitamina D é uma substância essencial no organismo humano, sendo uma das principais responsáveis pelo controlo dos níveis de cálcio e fósforo no organismo, contribuindo assim para a saúde do osso.
A investigação tem também estudado a sua ação ao nível da saúde cardiovascular, prevenção do cancro e de algumas infeções, sem no entanto podermos afirmar conclusões definitivas neste momento.
Há deficit de Vitamina D quando os níveis de vitamina no organismo estão baixos. Apesar de alguma dificuldade em estabelecer os limites da normalidade, níveis superiores a 30 ng/mL são considerados normais. Níveis inferiores devem ser avaliados caso a caso pelo médico.
A deficiência de Vitamina D é uma situação muito comum. Um estudo realizado em 2016, em dadores de sangue da cidade do Porto, Portugal, concluiu que 3/4 da população saudável apresentava deficiência de Vitamina D e quase metade atingia critérios de gravidade.
O défice de vitamina D é muito frequente a as suas principais causas são:
As consequências mais graves do défice de vitamina D são:
Défices menos graves de vitamina D podem resultar em:
Obtemos a vitamina D através da alimentação e pela produção ao nível da pele com a exposição à luz solar. A produção diminui com a idade e é menor em pessoas com pele mais escura.
As necessidades variam ao longo da vida desde as 400 Unidades Internacionais (UI) por dia nas crianças até às 800 UI nos idosos.
A exposição da pele à radiação ultravioleta tipo B durante 10 a 15 minutos por dia leva à produção de pré-vitamina D que se transforma em Vitamina D3 por ação do calor. É fundamental a exposição solar, mas com o cuidado de evitar as horas de maior radiação e os solários pelo risco de cancro da pele.
As fontes alimentares são também muito importantes:
1.134 UI por 100 g |
450 UI por colher | ||
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441 UI por 100 g |
331 UI por 100 g | ||
120 UI por copo |
110 UI por 100 g | ||
95 UI por ovo |
79 UI por 100 g | ||
50 UI por 100 g |
49 UI por 100 g | ||
Fonte: USDA National Nutrient Database for Standard Reference |
Em pessoas com níveis de vitamina D normais, recomenda-se uma boa exposição solar e a ingestão regular de alimentos contendo vitamina D, de forma a cumprir as doses diárias recomendadas.
Pessoas com níveis baixos de vitamina D ou com fatores de risco acrescido podem beneficiar de suplementação.
Existem diferentes tipos de preparações de vitamina D disponíveis para o tratamento do défice de vitamina D, que podem conter ergocalciferol (vitamina D2) ou colecalciferol (vitamina D3). A posologia depende da formulação prescrita e a toma pode ser diária, semanal ou mensal.
A dose recomendada de vitamina D depende da natureza e gravidade da sua deficiência, assim como o seguimento que será estabelecido.
Os efeitos secundários da vitamina D são raros, a menos que o nível de 25(OH)D se torne muito elevado (>100 ng/mL). É importante seguir as instruções de dosagem e evitar tomar simultaneamente vários produtos que contenham vitamina D (por exemplo, multivitamínicos e vitamina D).
O excesso de vitamina D pode levar a complicações decorrentes do aumento dos níveis de cálcio no sangue, nomeadamente cálculos renais.
A deficiência de vitamina D é prevenível pela ingestão de alimentos ricos nesta vitamina e exposição solar adequada.
Os doentes com deficiência comprovada devem ser tratados mediante prescrição médica.