Diferenças entre edições de "Vitiligo"

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Revisão das 23h43min de 27 de dezembro de 2020

Autor: Vitor Nogueira; Teresa Raquel Vaz; Inês Dias Almeida

Última atualização: 2020/12/27

Palavras-chave: vitiligo; melanina; pele



Resumo


O vitiligo é uma condição que resulta na perda de cor da pele em algumas zonas. A causa não está completamente esclarecida, mas não é uma doença contagiosa, nem é causado por maus hábitos de higiene. Pode aparecer em qualquer idade e por vezes existe associação familiar e com outras doenças autoimunes.
Manifesta-se por manchas descoloradas e indolores na pele com tamanho que pode variar de milímetros a vários centímetros. Afeta mais frequentemente o rosto, a zona genital, as mãos, os pés, os cotovelos e os joelhos.
As pessoas com vitiligo devem ter especial atenção à proteção solar, uma vez que as manchas de vitiligo têm maior tendência para queimadura, não se pigmentando após a exposição ao Sol.
O vitiligo não tem cura e a sua evolução é imprevisível e variável, podendo ter grande impacto na qualidade de vida da pessoa.




Vitiligo


O vitiligo é uma condição que resulta na perda de coloração da pele em algumas zonas.
Em todo o mundo, estima-se que existam cerca de 100 milhões de pessoas com vitiligo.
Pode aparecer em qualquer idade, mas sabe-se que 7 em cada 10 adultos com vitiligo começam a ter sintomas antes dos 30 anos.
Afeta tanto homens como mulheres, ocorrendo em todos os tipos de pele.

Qual é a causa?


A causa do vitiligo não é totalmente conhecida. Foram propostas várias teorias, nomeadamente a auto-imune, que defende que o nosso sistema de defesa ataca as células saudáveis que produzem melanina, a substância que dá cor à pele.
A favor desta hipótese, existe o facto de o vitiligo estar por vezes associado a doenças auto-imunes, como artrite reumatóide e problemas da tiroide.
O vitiligo não é uma doença contagiosa. Não é causado por maus cuidados de saúde nem de higiene.

Há algum fator que acelere o aparecimento das lesões da pele?


As pessoas geralmente atribuem o aparecimento do vitiligo a eventos específicos, como traumatismos da pele (ex: coçar), queimaduras, gravidez, menopausa ou stress emocional (ex: perda de emprego ou morte de familiar próximo). Não sendo a causa do vitiligo, estes fatores podem de facto acelerar o aparecimento da doença.

Tenho vitiligo – a sua transmissão é genética?


Uma em cada cinco pessoas com vitiligo tem um familiar de primeiro grau (ex: irmão ou pais) com esta doença. Apesar de existir uma predisposição genética, o vitiligo não é claramente transmitido pelos genes.

Como é feito o diagnóstico?


O vitiligo apresenta-se por áreas de pele que se tornam brancas ou perdem a cor. Geralmente manifesta-se através de manchas da pele sem pigmento, com limites bem definidos e rodeadas por pele pigmentada. Não provocam dor e raramente dão comichão. O seu tamanho pode variar de pequenos milímetros a vários centímetros.
A distribuição das áreas de pele afetadas depende do tipo de vitiligo que a pessoa tenha. Pode afetar apenas uma zona do corpo, mas frequentemente afeta várias zonas (forma não-segmentar), sobretudo na face, orelhas, zona genital, mãos, pés, cotovelos e joelhos, e nas áreas que rodeiam as aberturas do corpo, como sejam a boca e o nariz.
Nas zonas afetadas por vitiligo, os pelos podem crescer sem pigmento.

As lesões têm tendência a aumentar com o tempo?


A evolução clínica é imprevisível.
As lesões podem progredir ao longo dos anos ou permanecer estáveis. Em uma em cada dez pessoas com vitiligo, este pode desaparecer espontaneamente.

Tem tratamento?


Embora não exista cura para o vitiligo, estão disponíveis alguns tratamentos, como a terapia com luz ultravioleta e cremes com corticosteroides.
A resposta ao tratamento é geralmente lenta. Varia muito entre indivíduos, e entre diferentes partes do corpo numa mesma pessoa.
As limitações dos tratamentos fazem com que muitas pessoas prefiram manter-se sem terapêutica. O disfarce das lesões da pele utilizando alguns produtos cosméticos (ex: cremes ou maquilhagem) é uma opção que está disponível.
As tatuagens cosméticas devem ser consideradas com muita cautela. São frequentemente desaconselhadas, pelo curso imprevisível do vitiligo e pelos riscos associados, como seja o de o próprio traumatismo da pele, inerente à realização da tatuagem, poder precipitar o agravamento do vitiligo.

Que cuidados devo ter?


  • Evitar a exposição solar prolongada. Isto porque as manchas de vitiligo têm maior tendência para queimadura, não se pigmentando após a exposição solar;
  • Aplicar protetor solar com frequência;
  • Proteger-se com roupa, chapéu ou guarda-sol.


Conclusão


O vitiligo pode aparecer em qualquer idade e ter um impacto significativo na auto-estima da pessoa. A sua evolução é variável e imprevisível, não existindo cura.

Referências recomendadas





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