Autor: Ana Luísa Barbosa, Ana Rita Rodrigues, Catarina Silva, Diogo Quelhas, Fátima Gomes, Fernando Silva, João Pedro Nunes, João Pedro Lima, Luís Santos, Luís Mota, Maria Carmona, Mariana Nobre, Mariana Madeira, Rui Santos
Última atualização: 2016/11/30
Palavras-chave: Sono; Novas tecnologias; Rendimento escolar; Fadiga; Estudantes
Dormir é biologicamente indispensável para o ser humano. Uma boa higiene do sono é de extrema importância para a saúde física e mental.
A utilização das novas tecnologias, como telemóveis (smartphones), tablets, computadores e televisões, está muito integrada no nosso quotidiano e influencia a qualidade e hábitos de sono, com consequências negativas, especialmente em estudantes, que tendem a deitar-se mais tarde por estarem a utilizar o smartphone ou tablet, seja a enviar mensagens ou a navegar na internet. Nos dias seguintes sentem-se mais cansados e sonolentos e o seu rendimento académico não é o que desejam.
Embora este tipo de tecnologias seja indispensável em várias atividades do nosso dia-a-dia, a qualidade do sono não deverá ser afetada por isso.
Há certos comportamentos que podem ser evitados e outros que podem ser adaptados para que a utilização da tecnologia não interferira com os ritmos de sono.
Bons hábitos de sono desempenham um importante papel na vida e na saúde de cada um. Num inquérito que realizamos a estudantes do ensino superior, verificamos que há um conhecimento geral sobre o número de horas de sono aconselhável, mas que poucos são os que realmente as cumprem.
A diminuição do número de horas de sono é acompanhada de diversas consequências:
Os estudantes universitários dormem menos horas do que o aconselhável e reportam sintomas de cansaço, dificuldade de concentração, dor de cabeça, insónias, tonturas e enjoos.
No mesmo inquérito estimou-se que mais de 90% dos estudantes do ensino superior utilizam dispositivos eletrónicos antes de adormecer, tais como smartphone e tablet, sendo que a maioria destes estudantes leva estes dispositivos consigo para a cama. Mais do que isso, 79,5% dos estudantes que afirmaram utilizar aparelhos eletrónicos antes de dormir, admitiram que isso torna mais tardia a hora a que adormecem, prejudicando a sua qualidade de sono.
Atualmente, sabe-se que o uso de dispositivos eletrónicos nos momentos que precedem a hora de adormecer prejudica a qualidade de sono. São quatro os fatores com maior influência:
Existe ainda evidência de que a exposição prolongada a emissões de radiações azul de LED (light-emitting diodes) pode provocar danos irreversíveis ao nível da retina. Assim, a utilização de dispositivos poderá ter consequências para a saúde para além daquelas que a falta de sono pode trazer. A extensão completa destas consequências só poderá ser completamente avaliada dentro de alguns anos.
Para já, a consequência mais evidente da diminuição do número de horas de sono é um impacto negativo no bem-estar e uma diminuição na capacidade de concentração prejudicando o rendimento escolar e no trabalho.
A implementação de estratégias para a redução do uso exagerado de dispositivos eletrónicos no período noturno é fundamental para estabelecer novos hábitos de sono saudáveis:
Atualmente, as novas tecnologias assumem um papel indispensável na vida de todos nós, quer em situações de lazer, quer de trabalho, o que pode moldar os nossos hábitos de sono.
Uma utilização moderada de tecnologias no período noturno e a implementação de novos hábitos nessa utilização são formas de minimizar este problema.