Conjuntivite

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Autor: Bruna Paiva Vieira

Última atualização: 2019/09/23

Palavras-chave: Conjuntivite, alergia, atopia



Resumo


O olho vermelho é uma das manifestações clínicas oculares mais comuns, sendo a conjuntivite a causa mais frequente. A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva e pode ocorrer por origem infeciosa, alérgica ou tóxica. Os sinais e sintomas mais frequentes são o olho vermelho, secreção ocular e sensação de corpo estranho, tipo “areias nos olhos”. O tratamento depende do tipo de conjuntivite, sendo que vai desde o tratamento sintomático com lágrimas lubrificantes até ao antibiótico colírio/pomada.

Conjuntivite


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A conjuntivite é uma das queixas oculares não traumáticas mais comuns, que levam os doentes ao serviços de saúde. É responsável por aproximadamente 30% dos problemas oculares em contexto de urgência. A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva (membrana mucosa que forra a parte anterior do globo ocular e o une às pálpebras). As conjuntivites infeciosas (bacterianas e virais) e as alérgicas são as mais comuns.

Tipo de conjuntivite


Conjuntivite vírica


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É o tipo de conjuntivite mais comum e é altamente contagiosa, atingindo rapidamente os dois olhos.
O agente mais comum é o adenovírus.
Frequentemente, a pessoa apresenta um quadro viral respiratório caracterizado por febre, inflamação da garganta, adenopatia (presença de tumefação/nódulo na zona do pescoço) e sintomas oculares como olho vermelho e secreção aquosa (líquido transparente). <v«br> O tratamento deste tipo de conjuntivite é sintomático e passa por aplicar lágrimas lubrificantes e compressas de água fria.

Conjuntivite bacteriana


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Os doentes que apresentam uma conjuntivite bacteriana queixam-se geralmente de olho vermelho associado a secreção ocular purulenta (líquido amarelado, branco ou esverdeado), que pode vir de um olho em específico ou de ambos os olhos.
Os agentes mais comuns são: Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniaee e Haemophilus influenzae.
Implicam observação médica e o tratamento passa pela administração de um antibiótico, normalmente sob a forma de colírio ou pomada oftálmica.

Conjuntivite alérgica


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Neste tipo de conjuntivite, frequentemente há uma história de crises de olho vermelho e por vezes, os doentes têm antecedentes de alergias, urticária, atopia, asma e/ou rinite. Na verdade, esta reação alérgica ocorre quando um alergénio, mais frequentemente presente no ar, contacta com a superfície do olho. Os dois olhos são afetados com sinais de olho vermelho, ardor e/ou prurido ocular e secreção aquosa (líquido transparente).
O principal nestes casos, em termos de tratamento, é evitar o contacto com o alergénio em si, mas também auxiliam as compressas de água fria e um colírio com anti-histamínico.

Outros tipos de conjuntivite


As conjuntivites tóxicas são causadas pelo contacto do olho com uma substância irritante. As conjuntivites traumáticas derivam de um traumatismo do olho. Ambas implicam observação médica imediata e tratamento específico.
Outros tipos de conjuntivites aparecem associadas a doenças autoimunes e a alguns tipos de cancro e devem ser orientadas pela situação de base.

Como se faz o diagnóstico?


O diagnóstico baseia-se apenas nos sintomas e sinais que o doente apresenta. No entanto, alguns casos necessitam de observação e orientação por um oftalmologista.

Como prevenir as conjuntivites?


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As conjuntivites virais e bacterianas são contagiosas através do contacto direto com as secreções oculares ou objetos contaminados. Assim, a pessoa com conjuntivite não deve partilhar lenços, toalhas, cosméticos, lençóis ou talheres. Os produtos de maquilhagem dos olhos, como sombras, lápis de olhos ou máscara de pestanas, devem ser deitados fora para evitar nova infeção.
A lavagem das mãos deve ser realizada sempre que as mesmas contactarem com a região ocular infetada de modo a evitar a transmissão da infeção a outras pessoas.

Conclusão


As conjuntivites são frequentes, sobretudo as de origem vírica, com diagnóstico relativamente fácil e tratamento orientado à causa subjacente.
Nas conjuntivites mais comuns, medidas de higiene como a lavagem das mãos e evitar partilhar objetos pessoais podem diminuir o contágio dentro da família ou no meio escolar e laboral.

Referências recomendadas



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