Autor: Sara Castro, Joana Cirne
Última atualização: 2016/07/03
Palavras-chave: Fibrilhação auricular, Arritmia, Acidente vascular Cerebral, Fatores de risco, Prevenção
A fibrilação auricular é a alteração do ritmo cardíaco mais comum, sendo uma das maiores causas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). A sua prevalência aumenta com a idade, afetando 6% da população com mais de 65 anos. Os fatores de risco para o seu aparecimento são: idade, diabetes mellitus, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, enfarte do miocárdio, doença das válvulas cardíacas.
A fibrilação auricular carateriza-se por batimento rápido e desordenado do coração. Na maioria das vezes não dá sintomas; no entanto pode dar palpitações, tonturas, desmaios, fraqueza ou falta de ar. O diagnóstico desta arritmia é feito através da avaliação do pulso cardíaco e sua confirmação através do eletrocardiograma. A hipocoagulação oral é fundamental para a prevenção do AVC.
A fibrilação auricular é uma perturbação do ritmo cardíaco. Ocorre quando o coração bate a um ritmo desordenado e rápido. É a arritmia mais frequente a nível mundial, sendo responsável por cerca de 15% dos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).
A prevalência da fibrilação auricular aumenta com a idade, afetando cerca de 6% das pessoas com mais de 65 anos. Afeta 1,5 vezes mais homens do que as mulheres.
Além da idade e do sexo, outros fatores de risco para o aparecimento da fibrilação auricular são: doenças cardíacas como pressão arterial alta, diabetes mellitus, defeitos das válvulas cardíacas ou fatores relacionados com estilos de vida: como a alimentação, o stress emocional, o consumo excessivo de álcool, cafeína, tabaco e outras drogas.
Em cerca de um terço das situações não se encontra uma causa direta para a arritmia.
Muitas vezes as pessoas com fibrilação auricular não apresentam qualquer sintoma. A caraterística principal desta doença é a presença de uma pulsação irregular.
No entanto podem aparecer alguns sintomas que são muitas vezes debilitantes:
É possível que doentes com fibrilação auricular apresentem períodos com batimentos cardíacos completamente normais.
O seu médico irá avaliar a frequência e o ritmo cardíaco, assim como o pulso.
O diagnóstico de fibrilação auricular pode geralmente ser confirmado através de um electrocardiograma (ECG). Contudo, como pode ser intermitente, ou seja auto-limitada, resolvendo espontaneamente em menos de 48h o ECG pode ser normal. Neste caso, pode recorrer-se a uma técnica denominada electrocardiografia de ambulatório (Holter), em que o doente usa uma máquina de ECG portátil, geralmente durante 24 horas.
A fibrilação auricular pode ser prevenida através das seguintes medidas para modificar os fatores de risco:
Procure o seu médico se ocorrerem sintomas sugestivos de fibrilação auricular, incluindo palpitações, desmaios, tonturas, fraqueza, falta de ar ou dor no peito.
A abordagem terapêutica da fibrilação auricular tem tido várias mudanças ao longo do tempo. Estas mudanças incidem, essencialmente, em um aspeto fundamental reduzir o risco de AVC, em doentes com fibrilação auricular, através da hipocoagulação.
A hipocoagulação oral é um tratamento que permite, através da ingestão de medicamentos, tornar o sangue “mais fluido”, reduzindo a possibilidade de formação de coágulos no coração e na circulação sanguínea que podem conduzir a um AVC.
A fibrilação auricular é uma das arritmias mais comuns na população portuguesa. Sendo uma importante causa de AVC é fundamental o seu diagnóstico precoce e o tratamento com anticoagulantes orais.