Trombose venosa profunda

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Autor: Rita Matos, Catarina Pinto Nogueira, Daniela Gregório

Última atualização: 2018/02/20

Palavras-chave: Trombose venosa profunda, Tromboembolismo pulmonar

Resumo


A formação de um coágulo numa veia designa-se por trombose venosa.
Quando acontece numa veia profunda pode ter consequências graves. Se o coágulo se solta pode atingir os pulmões (embolismo pulmonar), causando falta de ar e se não for reconhecida é potencialmente fatal.
Existem condições que podem aumentar o risco de ter uma trombose venosa, como estar acamado ou muito tempo sem se mexer (por exemplo nas viagens longas) e doenças que afetem as veias ou a coagulação do sangue.
O tratamento evita que o coágulo aumente de tamanho, que se solte ou que se formem novos coágulos. A prevenção, entre outras medidas, passa pelo uso de meias de compressão e manter-se em atividade.




Trombose venosa profunda


A trombose venosa é um coágulo de sangue dentro de uma veia. A maioria ocorre nas pernas. Se afetar uma veia profunda pode ter consequências graves tais como a embolia pulmonar (coágulo que se solta e chega ao pulmão).

Quais os sintomas?


Manifesta-se por dor e inchaço (edema) de uma perna, assimétrico, com a perna afetada mais inchada do que a outra perna.
Por vezes podem aparecer sintomas que resultam de complicações desta doença, como falta de ar, dor no peito e batimento cardíaco acelerado.

O que propicia o aparecimento das tromboses venosas?


A trombose venosa profunda desenvolve-se mais facilmente em pessoas imobilizadas durante um período de tempo significativo, que pode ir de horas a dias. Pode surgir após uma cirurgia, um traumatismo, doença grave (cancro) ou viagens de avião ou automóvel com longa duração.
É mais frequente em pessoas com varizes, idosas, com excesso de peso ou obesidade, na gravidez ou no período após o parto. Existem também doenças genéticas que aumentam a probabilidade de formação de coágulos nas veias. A toma da pílula contracetiva ou medicamentos com hormonas para o tratamento dos sintomas da menopausa aumentam o risco de trombose nas veias.
O risco é maior se várias destas condições estiverem reunidas.

Como se diagnostica?


O diagnóstico é realizado pelo médico, perante a descrição dos sintomas e observação da perna. Por vezes, é necessária ecografia (teste que mede através de ondas sonoras a circulação sanguínea nas veias e a existência de coágulos).

Como se trata?


O tratamento tem como objetivo prevenir que o coágulo aumente de tamanho, que se solte e chegue ao pulmão e que se formem novos coágulos. Existem vários tratamentos disponíveis sendo que os mais comuns são os anticoagulantes, sejam os antagonistas da vitamina K ou os novos anticoagulantes.
Estes medicamentos tornam o sangue mais “fino” para impedir a formação de coágulos. Como tal, podem aumentar a probabilidade de sangramento ou formação de pisaduras (equimoses).

Como se previne?


Deve permanecer na cama ou imobilizado o menos tempo possível. Depois de um acidente ou de uma intervenção cirúrgica deve começar a mobilizar-se precocemente. Siga sempre as indicações do médico ou enfermeiro. Mesmo que tenha de estar acamado, deve mover as pernas, fletindo e massajando suavemente os músculos.
Em alguns doentes de maior risco, poderá fazer um medicamento profilático para impedir a formação de coágulos nas veias.
Outras recomendações importantes:

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  • Utilizar meias de compressão
  • Não fumar, sobretudo se toma contracetivos orais contendo estrogénios
  • Manter o peso adequado
  • Controlar a pressão arterial
  • Quando tiver de se manter sentado devido a grandes viagens, procure levantar e caminhar no mínimo de 2 em 2 horas. Se não poder levantar-se opte por elevar alternadamente as pontas dos pés com os calcanhares no chão e os calcanhares com as pontas dos pés no chão.



Conclusão


A trombose venosa profunda manifesta-se por dor e inchaço da perna afetada e se não for tratada pode ter consequências graves, como a embolia pulmonar. A sua prevenção é fundamental!

Referências recomendadas



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