Autor: Rute Carvalho
Última atualização: 2016/02/18
Palavras-chave: Cancro do cólon e reto, Rastreio oportunístico, Pesquisa de sangue oculto nas fezes
O cancro do intestino (colon e reto) é um dos tumores mais comuns no mundo ocidental.
O rastreio é possível através de um teste muito simples às fezes que vai detetar se existe sangue e possibilitar o diagnóstico de alterações mais precocemente, melhorando a probabilidade de cura.
A pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) é um exame laboratorial que permite detetar vestígios de sangue em fezes aparentemente normais, ou seja, detetar sangue não visível a olho nú. Este teste foi adotado para rastreio do cancro do colon e reto, assentando no princípio de que os carcinomas do cólon sangram e que esta hemorragia oculta pode ser identificada pela PSOF que está facilmente disponível.
Deve ser repetido a cada 1 a 2 anos e devem ser realizadas 2 ou 3 colheitas de fezes consecutivas. Se esta pesquisa for positiva, é obrigatória a realização de colonoscopia.
Existem dois tipos de testes para pesquisa de sangue oculto nas fezes, os Testes Tradicionais e os Testes Imunoquímicos.
No entanto, apesar de o exame com guaiaco sofrer influência de fatores como a dieta, permanece como um método acessível, barato, não invasivo e sem diferenças significativas em relação à especificidade, quando comparado ao teste imunológico.
Para a realização de qualquer dos testes, medicamentos contendo aspirina, ferro, vitamina C, ou laxantes devem ser suspensos ou substituídos. O seu médico orientará da melhor forma em cada caso. Também devem ser evitadas colheitas durante crises hemorroidárias com sangramento ou durante o período menstrual nas senhoras.
As fezes serão colhidas em dias consecutivos ou em dejeções diferentes (salvo indicação contrária do médico) para recipientes fornecidos pelo laboratório. Devem guardadas em local fresco (porta do frigorífico até 7 dias) e entregues em conjunto.
Atualmente, em Portugal, a Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes (PSOF) é recomendada no rastreio oportunístico do cancro do colon e reto a pessoas assintomáticas, com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos.
Se houver qualquer alteração à normalidade poderá contatar o seu médico no sentido de proceder ao correto diagnóstico, independentemente da idade e de ter realizado um exame recentemente.