Autor: Mafalda Oliveira, Ana Rita Luz
Última atualização: 2017/10/15
Palavras-chave: Ejaculação prematura; Disfunção eréctil; Qualidade de vida
ÍndiceResumoA ejaculação prematura não tem uma definição consensual e ainda não se conseguiu esclarecer concretamente quais as suas causas. Apesar disto, considera-se que seja uma das disfunções sexuais mais comuns, podendo atingir cerca de 20%-30% dos homens. Infelizmente, muitos não estão diagnosticados, o que significa que não estão a ser tratados para este problema que tem um marcante impacto na qualidade de vida. |
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Não há uma definição clara para a ejaculação prematura. Os critérios mais aceites foram definidos pela Sociedade Internacional para a Medicina Sexual:
A causa da ejaculação prematura não está completamente esclarecida. Alguns estudos referem a ansiedade e a hipersensibilidade do pénis como fatores que aumentam a sua probabilidade de ocorrência. A idade não parece influenciar a prevalência deste problema.
Não são conhecidos números fidedignos da prevalência, mas parece atingir 20 a 30% dos homens, com um impacto significativo na qualidade de vida do paciente e na sua relação, diminuição da satisfação sexual e da frequência das relações sexuais, afectando a sua auto-estima e provocando, eventualmente, sintomas de ansiedade e depressivos.
A resistência de profissionais de saúde e doentes em falarem sobre o tema e o facto de muitos acreditarem não existir tratamento para esta patologia contribuem para o seu subdiagnóstico. Muitos homens não sabem que têm este problema, ou que há terapêuticas eficazes, e permanecem sem tratamento.
Quando se aborda o tema na consulta, é natural que o médico procure saber:
Outras características associadas são a presença de outras doenças, como por exemplo, obesidade, doença da tiróide, diabetes, inflamação da próstata, problemas emocionais e relacionados com stress ou experiências sexuais traumáticas.
É importante valorizar a forma como a ejaculação prematura afeta a vida do paciente e a sua relação.
O tratamento passa pela correção de eventuais problemas simultâneos, como a inflamação da próstata ou a disfunção erétil, se estiverem presentes.
Muitas vezes o aconselhamento psicológico e sexual é importante, sobretudo se existirem níveis altos de ansiedade, que acaba por ser um fator de agravamento do problema.
Medidas comportamentais podem ajudar a resolver a ejaculação prematura e devem ser tentadas em primeiro lugar:
Para um tratamento com sucesso, é essencial a compreensão, aceitação e participação do paciente e do(a) companheiro(a) no plano de terapêutico, um acompanhamento atento e uma abordagem simultânea das diversas vertentes.
A ejaculação prematura é um problema comum, mas com tratamento.
Não deve ser tabu, mas, pelo contrário, deve ser falado naturalmente em consulta com o seu médico.
A instituição precoce do tratamento previne sofrimento para o paciente e para o casal.