Autor: Tatiana Bastos, Sara Moniz, Ana Rita Macedo, Ana Sofia Marafona, Márcio Carvalhosa
Última atualização: 2021/01/12
Palavras-chave: Queratose actínica, pele, exposição solar
ÍndiceResumoA queratose actínica é das lesões mais frequentes encontradas na pele, maioritariamente despoletadas pela exposição prolongada, repetida e desprotegida à radiação ultravioleta. As primeiras lesões cutâneas frequentemente são de pequenas dimensões com características rugosas e com a progressão temporal têm capacidade de aumentar o seu volume e alteração da coloração. O tratamento pode variar consoante a localização, tipo e extensão da lesão, bem como existência de sinais que sugiram malignidade da lesão. A melhor forma de prevenir o seu aparecimento incide na diminuição frequente e diária de exposição solar, adicionalmente uso de protetor solar com fator de proteção elevado, bem como utilização de chapéu, óculos e roupa adequada. |
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A queratose actínica, muitas vezes referida como queratose solar, é uma doença cutânea causada pela exposição prolongada e repetida à radiação ultravioleta.
É uma das lesões da pele mais frequentes e aparece sobretudo em áreas da pele com exposição solar prolongada e desprotegida como o couro cabeludo (sobretudo nos calvos), face, pescoço, decote, dorso das mãos, antebraços e pernas.
A exposição solar crónica é a principal causa do aparecimento de lesões típicas de queratose actínica. A radiação ultravioleta proveniente de fontes artificiais, tais como solários, pode trazer alterações cutâneas ainda mais nefastas, não sendo recomendado a utilização desta forma de radiação sem vigilância e acompanhamento médico especializado.
Existem fatores de risco importantes para o desenvolvimento destas lesões:
O aparecimento das primeiras lesões cutâneas pode ser reconhecido apenas pelo toque e não pela visão, dado serem de pequenas dimensões (<2cm), mas com sensação tátil rugosa e áspera.
Com a evolução temporal da lesão, tendem a aparecer manchas mais volumosas, com mais rugosidade e por vezes descamativas, com cerca de 2 cm de diâmetro, com cor variável entre rosa, vermelho e castanho.
Ocasionalmente pode ocorrer prurido, ardor ou outros sinais inflamatórios na zona afetada.
A simples observação das lesões permite o diagnóstico. Na dúvida poderá ser necessária uma biópsia da pele.
A regra dos “5R + R” permite a avaliação da gravidade das lesões observadas: Ruborizadas, Rugosas, Recorrentes, em Regiões expostas e a existência de Radiação solar repetida e prolongada. O último “R” que é o que nos leva a querer fazer um diagnóstico precoce e um tratamento adequado, corresponde a Risco de evolução.
A maioria dos doentes apresenta várias lesões com diferente espessura e tamanho, havendo necessidade de tratar cada uma individualmente.
Na remoção destas lesões podem ser utilizados vários tratamentos, que podem incluir:
As queratoses actínicas que são tratadas adequadamente, por norma, desaparecem. É usual o aparecimento de novas manchas que necessitam de tratamento adicional.
Quando não tratadas, as lesões de queratose actínica podem evoluir para cancro da pele.
A melhor maneira de prevenir a queratose actínica é utilizar uma proteção solar alta e adequada como parte da rotina de cuidados diários. Adicionalmente:
É fundamental a observação frequente da pele, bem como a monitorização de novas lesões, pois o diagnóstico precoce desta patologia é essencial para evitar a sua progressão para cancro da pele.