Autor: Catarina Macedo, Manuela Araújo, Rita Fontes Oliveira
Última atualização: 2016/09/12
Palavras-chave: Aleitamento materno; Oxitocina; Prolactina
ÍndiceResumoO leite humano é um alimento vivo, completo e natural e o reconhecimento das suas múltiplas vantagens reuniu o consenso mundial, defendendo-se a amamentação exclusiva até aos 6 meses de vida e, complementada com outros alimentos, até aos 2 anos ou mais, precisamente por se acreditar que constitui a melhor forma de alimentar as crianças. O leite humano é melhor digerido, protege o bebé de infeções e alergias, facilita o contato afetivo com a mãe, é mais fácil de administrar e mais barato. |
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Se bem conhecessem as mães quanto valem as carícias maternas,
quanto as apreciam os tenros corações de seus filhos,
se elas as soubessem guardar e empregar sem capricho nem cegueira,
nenhum meio mais forte e seguro para pena ou prémio teria a educação.
Iniciar a amamentação o mais cedo possível. O primeiro leite é chamado “colostro” e é muito rico em defesas. No início o bebé mama com sucções rápidas e em pequenas quantidades, pelo que quererá mamar frequentemente. A quantidade que se produz é suficiente para satisfazer as suas necessidades nutricionais durante os primeiros dias e quanto mais mamadas, mais estimulará a “subida do leite”.
A produção e a expulsão do leite materno são mecanismos controlados principalmente por duas hormonas que agem no organismo da mãe: a prolactina e a oxitocina.
Quando o bebé mama, impulsos nervosos saem do mamilo para o cérebro da mãe que “ordena” a libertação da prolactina e da oxitocina.
A oxitocina estimula a contração das células musculares à volta dos alvéolos e o leite que está armazenado na mama flui mais facilmente durante a mamada. A sua ação está muito ligada às sensações e sentimentos da mãe. Fatores como a mãe sentir-se contente, ter prazer com o bebé, mesmo quando este chora, tocá-lo ou olhá-lo vão ajudar o reflexo da oxitocina. A confiança na sua capacidade de amamentar e convicção de que o seu leite é o melhor para o bebé também são importantes para ajudar o leite a fluir. Deve, por isso, evitar fatores de stress ou ansiedade.
A prolactina atua na mama, fazendo com que as células secretoras produzam leite. A prolactina faz com que a mãe se sinta relaxada e algumas vezes sonolenta. A maior parte da prolactina está no sangue cerca de 30 minutos após a mamada, fazendo com que a mama produza leite para a mamada seguinte, e, quanto mais o bebé suga, mais leite é produzido. Há um ciclo diário da prolactina com maior produção noturna, levando a que seja particularmente importante amamentar durante a noite para manter a produção de leite.
Vantagens para o bebé
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Vantagens para a mãe
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Reforça o vínculo afetivo entre mãe e filho; | Facilita a perda do peso ganho durante a gravidez; |
Reforça o sistema imunitário da criança; | Contribui para que o útero recupere o seu tamanho normal mais rapidamente, e previne as hemorragias pós-parto; |
Previne o aparecimento de diarreias; | Reduz o risco do aparecimento de anemia; |
Reduz a incidência de alergias, infeções respiratórias e otites; | Diminui o risco de aparecimento de osteoporose, cancro da mama, ovário e endométrio (útero); |
Desenvolvimento psicomotor, sensorial e comportamental mais adequados; | É mais prático e económico! Está sempre pronto a tomar e não requer preparação prévia nem utilização de biberões. |
Reduz o risco de aparecimento na idade adulta de cáries, hipertensão arterial, obesidade, diabetes mellitus, doença celíaca e doença inflamatória intestinal. | Vantagem ecológica ao eliminar a necessidade de utilização de vários produtos não biodegradáveis como as latas de leite em pó e biberões de plástico. |
Veja todos os benefícios da amamentação aqui.
Cada bebé tem um comportamento diferente: uns podem mamar com frequência, e noutros a mamada é mais prolongada e fazem pausas mais longas. Se adormecer, é importante motivá-lo para a mamada cada 2 ou 3 horas:
O Aleitamento Materno exclusivo satisfaz todas as necessidades nutricionais durante os primeiros 6 meses de vida com benefícios para a sobrevivência, crescimento e desenvolvimento infantis.