Autor: Bernardo Faria, Filipe Angélico, Gonçalo Marques, Inês Freire, Inês Pinto, Isabel Saraiva, João Lagoa, Juliana Ferreira, Mafalda Neves, Marta Correia, Susana Brilhante
Última atualização: 2022/01/02
Palavras-chave: Abuso emocional; Saúde mental; Desenvolvimento infantil; Abuso infantil; Consciencialização
ÍndiceResumoO abuso emocional em jovens tem vindo a tornar-se preponderante ao longo do tempo, tendo a sua prevalência aumentado num intervalo de sete anos. |
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O abuso emocional envolve intimidação, humilhação, isolamento e privação de um ambiente afetivo saudável, indispensável a um desenvolvimento normal. Pode acontecer por familiares, cuidadores ou outros, em ambiente físico ou online, e englobar diferentes situações desde a precariedade de cuidados, comportamentos ameaçadores, rejeição, exploração, até a depreciação da criança ou jovem.
O uso do sarcasmo para manipular e ferir emocionalmente, e a exposição de crianças a situações abusivas ou traumáticas (como, por exemplo, a violência doméstica e o consumo de drogas) constituem formas de abuso emocional. Outros exemplos incluem dificultar a socialização, pressionar as crianças para além das suas capacidades e não reconhecer a sua individualidade.
O abuso emocional é uma das formas mais comuns de maus tratos infantis, com consequências negativas na saúde mental e no desenvolvimento biopsicossocial da criança:
Um estudo realizado no ano 2000 estimava uma prevalência de abusos emocionais de 16% nos jovens, que identificavam a situação como o principal tipo de violência entre os 15 e os 19 anos. Um outro trabalho na mesma área identificou uma prevalência de 22,4% em 2007, numa tendência crescente e preocupante, até porque é um tópico muitas vezes escondido e negligenciado.
O abuso emocional envolve intimidação, humilhação, isolamento e privação de um ambiente afetivo saudável, com consequências significativas no bem estar das crianças e jovens e na sua vida futura.