Autor: Patrícia Zlamalik, Helena Damas, Eduarda Cerdeira
Última atualização: 2018/02/11
Palavras-chave: Litíase Renal, Cálculos Renais, Cólica Renal, Prevenção, Tratamento
ÍndiceResumoA litíase renal é o termo médico para a presença de cálculos (“pedras”) nos rins. |
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A litíase renal resulta da deposição de minerais presentes na urina, formando cálculos urinários (chamadas “pedras” nos rins).
É um problema relativamente comum, mais frequente em indivíduos do género masculino, caucasianos, com idade superior a 40 anos, assim como em pessoas que ingerem poucos líquidos, com dietas ricas em proteínas, sódio (sal) e açúcar, e naquelas com fatores de risco (litíase antes dos 25 anos, rim único, familiar com litíase renal).
Certas doenças podem provocar litíase renal, como por exemplo:
Alguns medicamentos podem favorecer a litíase renal, tais como:
Há alterações anatómicas que podem facilitar a formação de cálculos renais, por exemplo:
Os cálculos resultam do aumento da eliminação de substâncias que favorecem a sua formação (cálcio, ácido úrico, fosfato, entre outros) e/ou da diminuição da excreção de substâncias que impedem a sua formação (citrato e o magnésio).
Os cálculos mais frequentes são de oxalato de cálcio, seguidos pelos de ácido úrico, fosfato de cálcio, estruvite (associados a infeções urinárias), cistina, ou outros menos comuns.
Os cálculos milimétricos (microlitíase) não devem ser valorizados dado não causarem sintomas nem complicações. Os cálculos pequenos podem ser assintomáticos, no entanto, os maiores podem provocar sintomas, quando se deslocam ao longo do sistema urinário. A sua expulsão pode causar:
Se os cálculos urinários não forem tratados podem desencadear uma infeção, obstrução do rim e por fim uma insuficiência renal, ou seja, alteração da sua função.
Para além do reconhecimento dos sintomas, uma análise à urina pode ser útil no diagnóstico. Um exame de imagem pode identificar o(s) cálculo(s) renal(ais) – exemplos: radiografia, ecografia ou tomografia computorizada – principalmente nos indivíduos assintomáticos.
Quando o cálculo expelido é recolhido, é possível analisar a sua composição e isso pode ser importante no tratamento.
O tratamento da litíase urinária compreende duas etapas:
Nos doentes não submetidos a tratamento, metade terá novo episódio de litíase, num período de 5 anos, por isso é fundamental prevenir a formação de novos cálculos. O reforço da hidratação, com a ingestão de água em abundância (2-3 litros por dia), a diminuição da ingestão de sacarose, sódio e proteínas animais são medidas eficazes na maioria dos casos:
Quando as medidas conservadoras não são suficientes, pode ser necessário o recurso a fármacos, em função da composição química dos cálculos renais.
A litíase renal é uma situação frequente, mas raramente complica.
Pode ser prevenida com medidas alimentares e aporte adequado de líquidos no dia-a-dia.
Se tiver uma crise, não beba líquidos e procure tratamento médico.