Autor: Ana Beatriz Ribeiro; Ana Luísa Amorim; Ana Marisa Neto; André Colmente; António Viera; Benedita Viana; Bruno Silva; Filipa Fernandes; Gonçalo Félix; Joana Cardão; Letícia Nóbrega; Linda Chorão; Maria Beatriz Moreira; Maria Carvalho; Maria Inês Poças; Paulo Costa; Sara Cunha; Sílvia Cubo
Última atualização: 2017/12/07
Palavras-chave: Estigma; Doença mental; Estigma na doença mental
ÍndiceResumoA doença mental é uma condição de saúde que altera todas as dimensões da vida de uma pessoa. O estigma é uma desaprovação social severa devida a características presumidas ou verídicas, crenças ou comportamentos que não estão de acordo com as normas da sociedade.
É comum o estigma nas doenças mentais. |
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A doença mental é uma condição de saúde que altera o pensamento, os sentimentos ou o comportamento de uma pessoa e lhe provoca alteração da forma como se relaciona funcionalmente com o mundo, a nível familiar e/ou social. Provoca stress e dificuldade em desempenhar as tarefas diárias.
Existem diferentes tipos de doenças mentais:
As doenças mentais mais comuns em Portugal (e em todo o mundo) são a depressão, a ansiedade e as demências.
O estigma é um atributo, visível ou não, que se traduz na ausência de aceitação comunitária plena, resultando em atitudes discriminatórias devido a características presumidas ou verídicas, crenças ou comportamentos que não estão de acordo com os estereótipos sociais.
Os indivíduos com doença mental são vistos como perigosos, imprevisíveis, responsáveis pela sua doença ou vítimas merecedoras de pena. Estas noções estão enraizadas na sociedade, que contribui para a manutenção destes estereótipos.
A discriminação dos doentes mentais tem por base o medo, crenças irreais (como a de que as pessoas com doença mental não conseguem participar ativa e produtivamente na sua comunidade) ou culpa, interpondo dificuldades a vários níveis:
No entanto, pelo mundo fora…
E cada um de nós? Qual é a nossa postura? Temos medo? Pena? Sentimo-nos assustados? Inseguros? Irritados? Seria melhor internar o doente numa instituição? Mesmo que contra a sua vontade? Afastamo-nos?
Cabe a cada um substituir a sensação de pena por uma atitude de compreensão face à situação destes doentes.
O trabalho começa no íntimo de cada um de nós - só tentando compreender e aceitar estas pessoas é que poderemos ajudar. Trabalhemos no sentido de desconstruir o estigma na saúde mental e assim contribuiremos para o crescimento de uma sociedade mais humana e capaz de proporcionar uma qualidade de vida significativamente melhor às pessoas que sofrem com a sua doença mental.
Citando Knight Raskin, jornalista norte-americana:
“Para mim só há uma coisa interposta à nossa capacidade de cuidar das pessoas com doença mental, neste país e no mundo: o estigma.”