Autor: Álvaro Duarte, António Pedro Machado, Carla Sousa, Carolina Neto, Inês Fernandes, João Miguel Santos, Maria Daniela Dinis, Nuno Reis, Patrícia Ferreira, Raquel Santos, Sara Henriques, Sofia Rocha, Ana Cláudia Correia, Tiago Fernandes
Última atualização: 2016/11/27
Palavras-chave: Redes sociais; Comportamento adictivo; Abuso; Dependência
ÍndiceResumoNos últimos anos, tem-se assistido a um aumento muito marcado na utilização de redes sociais por parte dos adolescentes, o que acarreta várias consequências para os seus utilizadores. Apesar de constituir um importante meio de comunicação e partilha de informação, verifica-se que os jovens que usam excessivamente as redes sociais têm uma diminuição no rendimento escolar e perturbações no sono, entre outros problemas, quando comparados com jovens que não o fazem. |
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Uma rede social pode ser definida como um site ou página da internet onde se estabelece um conjunto de relações entre pessoas ou organizações que partilham interesses, conhecimentos e valores comuns através da publicação de comentários, fotos, links, etc.
Num inquérito que realizamos na Faculdade de Medicina do Porto em estudantes do 9º. ano do ensino básico, encontrámos que 92% dos jovens acedem às redes sociais todos os dias, sendo que 24% destes encontram-se online quase constantemente.
Entende-se como utilização excessiva das diversas redes sociais despender mais de 3 horas por dia nas mesmas. Adicção (ou dependência) às redes sociais pode ser definida como a necessidade compulsiva de lá aceder constantemente, ao ponto de afetar as outras atividades do dia-a-dia.
Na utilização das redes sociais podemos encontrar aspetos positivos que beneficiam de algum modo o utilizador ou negativos quando o impacto o prejudica.
Maior facilidade na obtenção de informação | Impacto no rendimento escolar |
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Comunicação em tempo real | Perturbações no padrão do sono |
Acesso a diversas fontes culturais | Distúrbios alimentares |
Divulgação de ideias | Aumento da ansiedade |
Forma de lazer | Condicionamento de opiniões |
Forma de expressão | Perda de privacidade |
Efetivamente, até certo ponto a utilização de redes sociais é benéfica, tornando-se prejudicial quando em excesso, descrevendo uma curva em J invertido.
O problema é que os limites estão mal definidos e não os conseguimos objetivar.
Além disso, a utilização das redes sociais tem influenciado em muito a forma como os jovens comunicam entre si, tornando esta comunicação cada vez menos pessoal e alterando os padrões de avaliação.
A implementação de estratégias para a redução do uso excessivo de redes sociais por parte dos adolescentes é fundamental para que estes aprendam a lidar com este meio de forma segura e saudável. É muito importante que as famílias dialoguem e acompanhem ativamente os filhos no que toca ao uso das redes sociais, promovendo uma vigilância atenta sem ser intrusiva.
Algumas estratégias que podem ser usadas pelos pais dos adolescentes incluem:
No entanto, não é só em casa que se deve atuar. Nas escolas, os professores também podem intervir, trocando informações com os alunos e sensibilizando-os para uma utilização segura das redes sociais, de forma a que possam tirar proveito do melhor que estas têm para oferecer.
Contudo, é o jovem quem tem de ter a abertura necessária para perceber que o seu comportamento ultrapassa o limite do excessivo e que deve mudar, o que passa por perceber as consequências positivas e negativas da utilização de redes sociais. Informar-se de testemunhos de situações reais menos positivas pode ajudar a consciencializar-se de que uma utilização moderada é a mais vantajosa. Outras estratégias podem ser:
Atualmente, os adolescentes utilizam excessivamente as redes sociais, nomeadamente em situações de lazer, estudo e atividades sociais, através do computador, tablet ou telemóvel, o que pode trazer graves consequências para a sua saúde.
Seguir estratégias para uma utilização mais saudável é responsabilidade de todos: pais, educadores e sobretudo do próprio.
Lembre-se: Use, mas não abuse!