Diferenças entre edições de "Incontinência urinária"

 
(Há 4 edições intermédias do mesmo utilizador que não estão a ser apresentadas)
Linha 5: Linha 5:
 
}}
 
}}
 
<br><br>
 
<br><br>
 +
{|border=1
 +
! style="background:#F8F8FF;"|
 
===Resumo===
 
===Resumo===
 
----
 
----
 
A incontinência urinária carateriza-se pela perda involuntária de urina. Afeta cerca de 20% da população portuguesa com mais de 40 anos, mais frequentemente no sexo feminino. Existem diferentes tipos, sendo as mais comuns a Incontinência urinária de esforço, de urgência ou mista. <br>
 
A incontinência urinária carateriza-se pela perda involuntária de urina. Afeta cerca de 20% da população portuguesa com mais de 40 anos, mais frequentemente no sexo feminino. Existem diferentes tipos, sendo as mais comuns a Incontinência urinária de esforço, de urgência ou mista. <br>
Os [http://pt.wikihow.com/Fazer-Exerc%C3%ADcios-Kegel exercícios de Kegel], a diminuição do peso, resolução da obstipação e não fumar são algumas das medidas protetoras. Atualmente existem fármacos e técnicas cirúrgicas que permitem a cura em mais de 90% dos casos. <br>
+
Os [http://pt.wikihow.com/Fazer-Exerc%C3%ADcios-Kegel exercícios de Kegel], a diminuição do peso, resolução da obstipação e não fumar são algumas das medidas protetoras. Atualmente existem fármacos e técnicas cirúrgicas que permitem a cura em mais de 90% dos casos.  
----
+
|}
 
<br><br>
 
<br><br>
 +
----
 
===Incontinência urinária===
 
===Incontinência urinária===
 
----
 
----
Linha 35: Linha 38:
 
No entanto, existem outros tipos como a incontinência por extravasamento, total, funcional, noturna (enurese), psicogénica, entre outros.<br><br>
 
No entanto, existem outros tipos como a incontinência por extravasamento, total, funcional, noturna (enurese), psicogénica, entre outros.<br><br>
  
{| border="1"
+
{|{|border=”1”
 
|+
 
|+
! style="background: #efefef;" | <div style="float:left; font-size:large" class="small-12 medium-1 columns"> IU esforço
+
! style="background: #87CEFA; font-size:16px; border: 1px solid blue; width: 200px;" |<center>IU esforço</center>
! style="background: #efefef;" | <div style="float:left; font-size:large" class="small-12 medium-1 columns"> IU mista
+
! style="background: #87CEFA; font-size:16px; border: 1px solid blue; width: 200px;" |<center>IU mista</center>
! style="background: #efefef;" | <div style="float:left; font-size:large" class="small-12 medium-1 columns"> IU urgência
+
! style="background: #87CEFA; font-size:16px; border: 1px solid blue; width: 200px;" |<center>IU urgência</center>
 
|-
 
|-
|Perda de urina desencadeada por esforços<br>
+
! style="background: white; font-size:14px; border: 1px solid blue; width: 200px;" | Perda de urina desencadeada por esforços<br>Exemplos: Tossir, espirrar, saltar, correr, pegar em pesos<br>Mais frequente nas mulheres pós menopausa e nos homens submetidos a cirurgia da próstata
Exemplos: Tossir, espirrar, saltar, correr, pegar em pesos<br>
+
! style="background: white; font-size:14px; border: 1px solid blue; width: 200px;" | Caracteriza-se pela combinação de sintomas de esforço e de urgência
Mais frequente nas mulheres pós menopausa e nos homens submetidos a cirurgia da próstata
+
! style="background: white; font-size:14px; border: 1px solid blue; width: 200px;" | Incapacidade de adiar a micção após sentir vontade súbita de urinar<br>Mais frequente aparecer com o envelhecimento<br>Pode estar associada a doenças neurológicas<br>A bexiga hiperativa pode dar sintomas semelhantes
|Caracteriza-se pela combinação de sintomas de esforço e de urgência
+
|Incapacidade de adiar a micção após sentir vontade súbita de urinar<br>
+
Mais frequente aparecer com o envelhecimento<br>
+
Pode estar associada a doenças neurológicas<br>
+
A bexiga hiperativa pode dar sintomas semelhantes
+
 
|}
 
|}
 
<br><br>
 
<br><br>
Linha 87: Linha 85:
 
* [http://www.apurologia.pt/incontinencia/incontinencia_2013/Dossier_Imprensa_Incontinencia_Urinaria.pdf Incontinência urinária. Associação Portuguesa de Urologia (APU) e Associação Portuguesa de neurorradiologia e uroginecologia (APNUG). 2013]
 
* [http://www.apurologia.pt/incontinencia/incontinencia_2013/Dossier_Imprensa_Incontinencia_Urinaria.pdf Incontinência urinária. Associação Portuguesa de Urologia (APU) e Associação Portuguesa de neurorradiologia e uroginecologia (APNUG). 2013]
 
* [http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600004 SILVA, Ana Isabel, ALMEIDA, Carla, AGUIAR, Helder, NEVES, Margarida, TELES, Maria João. Prevalência e impacto da incontinência urinária na qualidade de vida da mulher. 2013. RPMGF. 29(6): 364-76]
 
* [http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000600004 SILVA, Ana Isabel, ALMEIDA, Carla, AGUIAR, Helder, NEVES, Margarida, TELES, Maria João. Prevalência e impacto da incontinência urinária na qualidade de vida da mulher. 2013. RPMGF. 29(6): 364-76]
<br><br>
+
 
  
 
{| border="0"
 
{| border="0"
 
|-
 
|-
 
! style="background: #efefef;" | <div style="float:left; font-size:x-large" class="small-12 medium-1 columns">[http://metis.med.up.pt '''Voltar à página inicial''']</div>
 
! style="background: #efefef;" | <div style="float:left; font-size:x-large" class="small-12 medium-1 columns">[http://metis.med.up.pt '''Voltar à página inicial''']</div>
! style="background: #efefef;" | <div style="float:right; font-size:x-large" class="small-9 medium-1 columns">[http://metis.med.up.pt/index.php/Mensagens '''Tem alguma dúvida? Fale connosco''']</div>
+
! style="background: #efefef;" | <div style="float:right; font-size:x-large" class="small-12 medium-1 columns">[http://metis.med.up.pt/index.php/Mensagens '''Tem alguma dúvida? Fale connosco''']</div>
 +
! style="background: #efefef;" |[[file:Fb metis.png|30px|link=http://www.facebook.com/sharer/sharer.php?u=http://metis.med.up.pt/index.php/Incontinência_urinária|alt=Alt text|Partilha no facebook]]
 +
! style="background: #efefef;" |[[file:Google_plus.png|30px|link=https://plus.google.com/share?url=http://metis.med.up.pt/index.php/Incontinência_urinária|alt=Alt text|Partilha no google +]]
 +
! style="background: #efefef;" |[[file:TWT_METIS.png|30px|link=https://twitter.com/intent/tweet?text=Metis&url=http://metis.med.up.pt/index.php/Incontinência_urinária|alt=Alt text|Partilha no twitter]]
 +
! style="background: #efefef;" |[[file:In_metis.png|30px|link=http://www.linkedin.com/cws/share?isFramed=false&url=http://metis.med.up.pt/index.php/Incontinência_urinária|alt=Alt text|Partilha no LinkedIn]]
 +
! style="background: #efefef;"|[[file:PRINT_METIS.jpg|30px|link=http://metis.med.up.pt/index.php?title=Especial:Exportar_em_PDF&page=Incontinência_urinária|alt=Alt text|Imprimir como pdf]]
 
|}
 
|}
<br><br>
+
 
 +
 
 +
 
 +
 
  
 
[[Categoria:Saúde ginecológica]]
 
[[Categoria:Saúde ginecológica]]

Edição atual desde as 13h22min de 8 de março de 2019

Autor: Helena Sofia Marques

Última atualização: 2016/06/14

Palavras-chave: Incontinência urinária, Incontinência urinária de esforço, Incontinência urinária de urgência, Trato urinário, Doenças da bexiga



Resumo


A incontinência urinária carateriza-se pela perda involuntária de urina. Afeta cerca de 20% da população portuguesa com mais de 40 anos, mais frequentemente no sexo feminino. Existem diferentes tipos, sendo as mais comuns a Incontinência urinária de esforço, de urgência ou mista.
Os exercícios de Kegel, a diminuição do peso, resolução da obstipação e não fumar são algumas das medidas protetoras. Atualmente existem fármacos e técnicas cirúrgicas que permitem a cura em mais de 90% dos casos.




Incontinência urinária


A incontinência urinária é uma doença que resulta da incapacidade de controlar a saída de urina.
Pode manifestar-se em qualquer idade, mas é mais comum à medida que a idade avança.

Epidemiologia


A incontinência urinária afeta 20% da população portuguesa com mais de 40 anos.
Entre os 45 e os 60 anos a proporção de casos é de 1 homem afetado para cada 3 mulheres.
Mais de metade das pessoas internadas em lares sofre de algum tipo de incontinência urinária.

Fatores de risco


  • Idade, predisposição familiar e a etnia.
  • Obesidade, prisão de ventre (obstipação), tabagismo, café e bebidas alcoólicas
  • Nas mulheres, a menopausa, os fatores obstétricos e ginecológicos como gravidezes múltiplas, paridade, recém-nascidos muito pesados (> 4Kg), prolapsos genitais (descida de órgãos pélvicos como o útero, bexiga ou reto) são potenciais fatores de risco.
  • Ter sido submetido a cirurgia pélvica, ou radioterapia
  • Apresentar anormalidades anatómicas e neurológicas (AVC, doença de Parkinson, mielopatias, …)
  • Alguns medicamentos - diuréticos, sedativos, relaxantes musculares



Tipos de incontinência urinária


Existem diferentes tipos de incontinência urinária, que se podem manifestar de uma forma ligeira, ocasional ou de forma mais grave e persistente.
De uma forma geral, podemos dizer que existem 3 grandes grupos principais de incontinência urinária (IU): Esforço, Urgência ou Mista.
No entanto, existem outros tipos como a incontinência por extravasamento, total, funcional, noturna (enurese), psicogénica, entre outros.

IU esforço
IU mista
IU urgência
Perda de urina desencadeada por esforços
Exemplos: Tossir, espirrar, saltar, correr, pegar em pesos
Mais frequente nas mulheres pós menopausa e nos homens submetidos a cirurgia da próstata
Caracteriza-se pela combinação de sintomas de esforço e de urgência Incapacidade de adiar a micção após sentir vontade súbita de urinar
Mais frequente aparecer com o envelhecimento
Pode estar associada a doenças neurológicas
A bexiga hiperativa pode dar sintomas semelhantes



Interferência na qualidade de vida


Couple-1353561 1920.jpg

A incontinência afeta significativamente o bem-estar da pessoa.
Além dos sintomas físicos incomodativos, poderá ter repercussão sobre as relações sociais e comportamentais, gerando receio e desconforto em frequentar locais públicos ou mesmo em sair de casa.
Atualmente existem tratamentos eficazes: É importante comentar os sintomas com o médico assistente.

Diagnóstico


O diagnóstico faz-se essencialmente pelos sintomas, mediante a colheita de uma história clinica completa e exame físico.
Em alguns casos poderá ser necessário solicitar outros exames, em função da sintomatologia, como análises de sangue e urina, ecografia pélvica, ginecológica, prostática, entre outros.

Tratamento


Happy-mother-with-baby.jpg
  • As alterações comportamentais, como a evicção de alimentos irritantes para a bexiga como o álcool, café e tabaco, resolução da prisão de ventre, controlar o peso, micção temporizada, isto é, programar intervalo de tempo fixo para urinar (por exemplo, de 2/2 horas), são alguns dos conselhos gerais.

  • Nas mulheres pós-menopáusicas, o médico assistente poderá propor a aplicação de um creme vaginal com estrogénios.

  • Os exercícios de Kegel são exercícios de fortalecimento da musculatura pélvica.
Consistem na contração seriada dos músculos que contraem a vagina e o ânus. Para perceber quais os músculos que contraem, poderá experimentar interromper a micção. Este procedimento não deverá ser prática constante, apenas serve para perceber quais os músculos que deve contrair.
Os exercícios de Kegel devem ser iniciados com a bexiga vazia. Deve começar por contrair os músculos durante 5 seg e relaxar 10 seg. Deverá repetir este exercício 10 vezes. Para obter melhores resultados, deverá ser feito 3 vezes ao dia. Podem ser feitos durante a execução das tarefas do dia-a-dia, no seu local de trabalho.
São Importantes na prevenção e no tratamento na incontinência.

  • Para os casos de incontinência de urgência existem diferentes medicamentos com eficácia que podem resolver o problema.

  • Na incontinência de esforço também há medicação que poderá ajudar, como os cremes vaginais e alguns antidepressivos. No entanto, a cirurgia apresenta melhores resultados. Existem diferentes métodos cirúrgicos, sendo a colocação de uma rede sintética debaixo da uretra, o procedimento mais frequente. Em último recurso existe a possibilidade de colocação de esfíncteres urinários artificiais, sendo este procedimento reservado a casos particulares.

  • Em última análise, a utilização de pensos ou cueca absorvente ou mesmo fralda pode ser uma solução útil para muitas pessoas. Para os homens existem sistemas coletores adaptáveis ao pénis que permitem a recolha da urina.
Estes sistemas são uma possibilidade em algumas situações mas não devem ser encarados como a melhor solução e muito menos como a única solução para a incontinência.



Conclusão


A incontinência urinária têm elevado impacto na qualidade de vida.
Os tratamentos disponíveis podem curar mais de 90% dos casos.
Não hesite em contactar o seu médico assistente.

Referências recomendadas



Alt text Alt text Alt text Alt text Alt text

Banner metis 2024.jpg