Diferenças entre edições de "Vacinação na Gravidez"

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* '''Febre Amarela''': Apesar de se tratar de uma vacina de vírus vivo-atenuado pode ser considerada na gravidez sempre que haja viagens para regiões endémicas. Quando a imunização é pré-concecional a gravidez deve ser adiada um mês.  
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* '''[[Varicela|Varicela]]''': Trata-se de uma vacina de vírus vivo-atenuado estando contraindicada na gravidez.  
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* '''Raiva''': Pode ser administrada na gravidez nos casos de elevado risco de pré-exposição (como veterinários) e nos casos de pós-exposição.
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* '''Febre Tifóide e Encefalite Japonesa''': Estas vacinas podem ser consideradas na gravidez quando há viagens para regiões endémicas.
 
* '''Febre Tifóide e Encefalite Japonesa''': Estas vacinas podem ser consideradas na gravidez quando há viagens para regiões endémicas.
 
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Edição atual desde as 18h20min de 28 de novembro de 2018

Autor: Diana Dias, Ana Sofia Tavares, Diana Moreira, Marta Costa

Última atualização: 2018/11/27

Palavras-chave: gravidez, vacinas, programa nacional de vacinação, contra-indicações, imunologia



Resumo


A vacinação previne várias infeções durante a gravidez, protegendo a grávida e o bebé.
Este artigo resume as principais recomendações sobre vacinação na gravidez:

  • As vacinas da Tosse Convulsa e da Gripe Sazonal são recomendadas na gravidez.
  • A vacina do Tétano e Difteria pode ser administrada quando o esquema vacinal está incompleto.
  • As vacinas contra a Rubéola, Sarampo e Parotidite, o Papilomavírus Humano, a Tuberculose e a Varicela são contra-indicadas na gravidez.
  • As vacinas da Hepatite A, Hepatite B, Febre Amarela, Raiva, Febre Tifóide, Encefalite Japonesa, Poliomielite e contra as infeções por Streptococcus pneumoniae, doença invasiva por Neisseria meningitidis do grupo C e doença invasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b podem ser consideradas quando o risco de exposição a essas doenças é elevado.

Dado que a vacinação durante a gravidez permite a proteção das mães e dos bebés contra doenças graves, as grávidas devem aconselhar-se junto do seu médico sobre a melhor estratégia de vacinação.




Vacinação na gravidez


O Programa Nacional de Vacinação (PNV) contempla a vacinação das mulheres durante a gravidez. Adicionalmente, podem ser necessárias outras vacinas nas seguintes situações:

  1. Risco da grávida contrair uma doença prevenível com vacina não contemplada no PNV;
  2. Necessidade de fazer uma viagem para zonas onde existem doenças endémicas.


Em cada caso deve ser considerado o potencial benefício e ponderado com o eventual risco de vacinar versus não vacinar.

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De uma forma geral é preferível vacinar antes da conceção, maximizando a proteção e minimizando os riscos. Quando possível evita-se a administração durante o primeiro trimestre de gravidez, por ser o período de maior risco para o feto.
De uma forma geral, a administração de vacinas inativadas é segura durante a gravidez, ao passo que as vacinas vivas estão contraindicadas. Se ocorrer vacinação inadvertida com alguma vacina viva durante a gravidez ou no mês anterior ao seu início, a grávida deverá ser acompanhada de forma atenta pelo seu médico assistente e reavaliada ao longo do tempo. Não é motivo para interrupção imediata da gravidez.

1. Vacinas presentes no PNV


Tosse Convulsa

A vacina contra a tosse convulsa é recomendada em grávidas com o intuito de reforçar a imunidade nas mães e e conseguir uma proteção passiva dos bebés. Deve ser administrada uma dose única, em cada gravidez, entre as 20 e as 36 semanas de gestação (idealmente até às 32 semanas).

Tétano e Difteria

Cada mulher em idade fértil deve ter registo de, pelo menos, 5 doses de vacina contra o tétano e difteria antes de engravidar. Durante a gravidez podem ser administradas 1 ou 2 doses às grávidas com esquema vacinal incompleto, a primeira dose na primeira consulta de vigilância da gravidez e a segunda até duas semanas antes do parto.

Rubéola, Sarampo e Parotidite

A vacina contra o sarampo, rubéola e parotidite é uma vacina de vírus vivos-atenuados. Está contraindicada na gravidez, mas pode ser administrada no pós-parto e na amamentação. Nas mulheres em idade fértil não vacinadas recomenda-se a administração até pelo menos 4 semanas antes de engravidarem.

Hepatite B

A vacina contra a hepatite B pode ser administrada na gravidez em mulheres não vacinadas com alto risco de contacto com o vírus da hepatite B e em grávidas que estão a completar imunização iniciada antes da conceção.

Poliomielite, Vacina contra Streptococcus pneumoniae, Vacina contra Neisseria meningitidis do grupo C, Vacina contra Haemophilus influenzae tipo b

As vacinas contra a [Poliomielite|poliomielite]], contra o Streptococcus pneumoniae, contra a Neisseria meningitidis do grupo C, e contra o Haemophilus influenzae tipo b não estão recomendadas na gravidez, podendo, no entanto, ser administradas no caso de viagens para zonas endémicas, epidemias e em grávidas com alto risco de contrair as doenças.

Papilomavírus Humano

A vacina contra o papilomavírus humano não está recomendada na gravidez por insuficiência de dados de segurança. Pode ser administrada no pós-parto e nas mulheres que amamentam.

2. Outras vacinas


  • Gripe sazonal: Segundo o PNV, a vacina é fortemente recomendada a grávidas.

  • Tuberculose: O uso da vacina na gravidez não está recomendado.

  • Hepatite A: Pode ser usada a vacina na gravidez, no caso de existir um elevado risco de exposição ao vírus.

  • Febre Amarela: Apesar de se tratar de uma vacina de vírus vivo-atenuado pode ser considerada na gravidez sempre que haja viagens para regiões endémicas. Quando a imunização é pré-concecional a gravidez deve ser adiada um mês.

  • Varicela: Trata-se de uma vacina de vírus vivo-atenuado estando contraindicada na gravidez.

  • Raiva: Pode ser administrada na gravidez nos casos de elevado risco de pré-exposição (como veterinários) e nos casos de pós-exposição.

  • Febre Tifóide e Encefalite Japonesa: Estas vacinas podem ser consideradas na gravidez quando há viagens para regiões endémicas.



Conclusão


No Programa Nacional de Vacinação existem vacinas recomendadas nas mulheres durante a gravidez. O ideal, porém, é que a vacinação ocorra antes da conceção, maximizando a proteção e minimizando o risco. Sempre que é necessário vacinar deve ser ponderado em cada caso o risco-benefício da intervenção.

Referências recomendadas





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