Erisipela

Autor: Rebeca Rodrigues, João Freitas, Anabela Faria

Última atualização: 2018/09/09

Palavras-chave: Erisipela; Infeção bacteriana; Derme; Dor; Prevenção



Resumo


A erisipela é uma infeção bacteriana que afeta a camada superficial da pele (derme superficial) e os gânglios linfáticos superficiais. Pode ocorrer em qualquer parte do corpo mas é mais frequente nos membros inferiores. É mais comum nas pessoas com feridas na pele, inchaço (edema) dos membros inferiores, infeções pré-existentes na pele ou obesidade.
A erisipela carateriza-se por uma placa de coloração vermelha, consistência dura, com os bordos bem definidos que pode evoluir para descolamentos bolhosos que levam a erosões. Esta doença acompanha-se, frequentemente, de febre, inflamação e aumento de tamanho dos gânglios linfáticos (ínguas).
O tratamento consiste na toma de antibiótico, medidas gerais de conforto e repouso no leito com elevação do membro afetado.




Erisipela


A erisipela é uma infeção bacteriana aguda, não contagiosa, que atinge a camada superficial da pele (derme superficial) e os gânglios linfáticos superficiais. Pode afetar qualquer parte do corpo, mas é mais frequente nos membros inferiores (85% dos casos). Atinge 10 a 100 pessoas por cada 100.000 habitantes/ano, sobretudo entre as mulheres adultas entre os 40 a 60 anos de idade.

Fatores de risco


Há vários fatores de risco para o desenvolvimento de erisipela:

  • Feridas na pele (abrasão da pele, ferida traumática, escaras (úlceras), picada de inseto, injeção de droga ou medicamentos);
  • Ferida e infeção dos pés (pé de atleta, fungos nas unhas);
  • Inflamação da pele (eczema, radioterapia);
  • Inchaço (edema) dos membros inferiores;
  • Defesas diminuídas (infecção por VIH/SIDA ou diabetes);
  • Obesidade;
  • Alcoolismo crónico;
  • Varizes;
  • Insuficiência cardíaca.



Diagnóstico


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A erisipela é uma infeção da pele que surge de forma rápida (1 a 2 dias). Manifesta-se através de uma placa de coloração vermelha, consistência dura, com os bordos bem definidos que pode evoluir para uma ferida exsudativa. Acompanha-se de febre, calafrios, mal-estar geral e dor, aumento da temperatura e dos gânglios linfáticos (ínguas) na região afetada.
Em alguns casos de maior gravidade será necessário complementar a avaliação com exames de diagnóstico como as análises de sangue ou o exame bacteriológico do local da lesão.

Prevenção


A prevenção da erisipela passa por reduzir o peso, tratamento adequado das doenças cardiovasculares que causam inchaço (edema) dos membros inferiores, identificação e tratamento adequado das feridas da pele, medidas de higiene, como secar as pregas interdigitais, usar calçado arejado e meias de algodão, e tratamento das infeções locais.

Tratamento


Após o diagnóstico da erisipela, o tratamento é realizado em casa com recurso a antibióticos acompanhado de medidas de carácter geral como o repouso com elevação do membro afetado. Pode ter interesse a utilização de um creme com antibiótico quando existem bolhas associadas à lesão, mas sempre sob recomendação médica.
A zona afetada pode ser protegida mas deve evitar-se a utilização de produtos antissépticos (por exemplo água oxigenada ou álcool) ou de pensos compressivos.
A dor e a febre, quando existentes, podem ser aliviada por analgésicos e antipiréticos. A utilização de diuréticos para o alívio do edema pode também estar recomendada.
Nos casos mais graves pode ser necessário internar o doente para tratamento.

Conclusão


A erisipela é uma infeção bacteriana da camada superficial da pele. O tratamento passa pelos antibióticos e deve ser orientado pelo médico assistente. A redução de peso, uma boa higiene, o tratamento dos edemas dos membros inferiores, das feridas da pele e das infeções locais são medidas preventivas eficazes.

Referências recomendadas



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